Ação da PF contra empresários “beira o totalitarismo”, diz Anderson Torres
O ministro da Justiça, Anderson Torres (foto), criticou nesta terça-feira (23) a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal, após a autorização de Alexandre de Moraes, contra oito empresários bolsonaristas...
O ministro da Justiça, Anderson Torres (foto), criticou nesta terça-feira (23) a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal, após a autorização de Alexandre de Moraes, contra oito empresários bolsonaristas que trocaram mensagens no WhatsApp discutindo a possibilidade de um golpe de estado caso Lula seja eleito.
A PF é formalmente subordinada ao ministério chefiado por Torres.
“Não podemos começar a achar normal a forma como as coisas vêm acontecendo no Brasil. A polícia entrando na casa das pessoas, Justiça bloqueando suas contas e quebrando seus sigilos bancários por conta de elas estarem emitindo opiniões pessoais em um grupo fechado de WhatsApp. Isso beira o totalitarismo”, declarou o ministro à Folha.
Além das buscas, Moraes ordenou bloqueio das redes sociais dos empresários e a quebra de seus sigilos. Também autorizou que a PF tome seus depoimentos.
“Quando se fala em ameaça à democracia e aos princípios constitucionais no Brasil, atitudes como essas, sim, devem ser levadas em consideração. Vocês já imaginaram se essa mesma lógica fosse usada para todos os que já ameaçaram abertamente o presidente Bolsonaro, quantas pessoas já não estariam presas?”, acrescentou Torres.
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