O depoimento de Antonio Palocci, no caso do imóvel para o Instituto Lula comprado com propina da Odebrecht, é tão mais devastador porque ele não foi apenas um ministro de Lula, mas O ministro de Lula.
Palocci foi fiador da estabilidade econômica como ministro da Fazenda. No cargo, era interlocutor privilegiado de todos os grandes empresários do país. Teria sido candidato do PT à Presidência da República, em 2010, não tivesse sido abatido antes, por causa da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa.
Ele foi O ministro de Lula também no governo de Dilma, no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Tentou controlar a tresloucada, sempre a serviço do comandante máximo.
Palocci foi, ainda, coordenador da campanha de Lula, em 2002, no lugar de Celso Daniel, e da campanha de Dilma, em 2010. Estava a par — e era operador e cúmplice — de todos os esquemas de arrecadação ilegal do partido.
Quando era ministro da Fazenda, esteve à frente de várias articulações para livrar Lula de ser processado no caso do mensalão.
Foi Palocci quem telefonou para a Veja, em 2006, para tirar Lulinha da capa da revista, na primeira reportagem da revista sobre o assunto. Falava em nome de Lula e Marisa.
Hoje, ao entregar Lula, Palocci entregou ele próprio. Porque Lula e Palocci, por anos a fio, foram uma só pessoa. Um só corrupto, como provam as planilhas da Odebrecht. O Italiano era o Amigo; o Amigo era o Italiano.
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