A solução é Aloizio Mercadante?
O nome do presidente do BNDES apareceu como alternativa para solucionar as divergências internas do governo Lula sobre que rumo dar à Petrobras. Logo ele?
Surgiu o nome de Aloizio Mercadante (foto) para solucionar as divergências internas do governo Lula sobre que rumo dar à Petrobras. Logo ele?
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu em entrevista na quarta-feira, 3, que existe um conflito entre ele e o presidente da empresa, Jean-Paul Prates.
Mercadante, que comanda desde o início do governo Lula o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), graças a uma liminar do hoje ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que cancelou os efeitos da Lei das Estatais, assumiria o lugar de Prates. O problema, destaca a Folha de S.Paulo, seria a óbvia reação negativa do mercado.
Além dos conflitos com o ministro de Minas e Energia, aliados de Prates admitem que o presidente da Petrobras é alvo de “fogo amigo”, inclusive do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Apesar disso, Prates mantém o apoio de lideranças do PT, de senadores da base de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Dividendos
O episódio mais recente da disputa interna foi a discussão sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras. Prates defendia distribuir 50% dos recursos extraordinários aos acionistas, mas Silveira e o conselho discordaram, diante de discussões sobre o fôlego da estatal para investimentos em energia limpa.
Mercadante estaria mais alinhado a essa perspectiva de administração política da Petrobras, o que obviamente não faria bem à saúde financeira da empresa e faz lembrar os piores momentos da companhia sob os governos petistas.
Cofres abertos
No BNDES, o ex-senador se notabilizou no primeiro ano do governo Lula por abrir os cofres e surpreender até a diretoria do banco. “Quando cheguei ao banco, no início do ano passado, depois de 25 anos no setor privado, jamais imaginei que haveria crescimento na aprovação de crédito”, disse a diretora Luciana Costa em entrevista em janeiro.
Uma possível presidência de Mercadante na Petrobras não seria exatamente surpreendente. O que surpreende é que seu nome apareça como solução para alguma coisa no governo federal.
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