Rejeição a Boulos não cai em São Paulo
Desde a redemocratização, apenas Maluf e Celso Pitta foram eleitos com tanta rejeição quanto a registrada por Boulos hoje
A rejeição dos paulistanos ao pré-candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (foto), segue em estabilidade, segundo resultados de pesquisa Datafolha, divulgados nesta sexta-feira, 5 de julho.
Exatos 33% dos eleitores afirmaram que não votarão de forma alguma em Boulos.
O resultado oscilou em um ponto percentual para cima desde a última pesquisa, divulgada no final de maio. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.
Desde a redemocratização, apenas Paulo Maluf e seu afilhado político, Celso Pitta, foram eleitos com tanta rejeição quanto a registrada por Boulos hoje.
A rejeição ao principal rival de Boulos na corrida, o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), é de apenas 24%.
Em intenções de votos, os dois estão em empate técnico. Nunes tem 24% e Boulos, 23%. O placar é o inverso do registrado na pesquisa de final de maio, quando o prefeito estava com 23% das intenções de votos e o deputado, com 24%.
O Datafolha entrevistou 1.092 eleitores da capital entre 2 e 4 de julho.
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Revolucionário Boulos apegou às regras de Janones
Ligado ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), o suposto revolucionário Boulos disse que seguiu a jurisprudência do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ao livrar André Janones (Avante-MG) da acusação de rachadinha.
Relator do processo, Boulos alegou que, embora discorde da norma que impede qualquer punição por um ato ilícito cometido em legislaturas passadas, não poderia adotar “dois pesos e duas medidas”, uma vez que a cláusula já havia sido usada por bolsonaristas para se livrarem de punição por envolvimento nos atos de 8 de janeiro.
“Estudei o caso e existe uma jurisprudência no Conselho de Ética da Câmara de que alguém suspeito de cometer um crime antes do mandato não pode ser punido nesta legislatura”, disse o psolista em entrevista ao Uol.
“Agora, se essa é a regra que está sendo utilizada, você não pode usá-la para a extrema-direita e não para quem é do campo oposto. Se a regra do Conselho de Ética da Câmara é que só se cumpra na legislatura, não pode ser uma para os bolsonaristas e outra para o Janones. Em nenhum momento relativizei o crime de rachadinha”, acrescentou.
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