A reforma ministerial ficará para depois
O presidente Lula tem dado sinais a integrantes do primeiro escalão do governo federal de que a reforma ministerial – inicialmente planejada para janeiro – deve ficar apenas para meados do primeiro semestre de 2024...
O presidente Lula tem dado sinais a integrantes do primeiro escalão do governo federal de que a reforma ministerial – inicialmente planejada para janeiro – deve ficar apenas para meados do primeiro semestre de 2024.
Segundo integrantes do Palácio do Planalto, Lula pode até antecipar esse processo de reacomodação de aliados, mas isso vai depender da resistência que o petista eventualmente enfrentaria em votações importantes no Congresso, como a segunda etapa da reforma tributária.
A informação foi divulgada pela Folha e confirmada por O Antagonista.
Em 2022, Lula planejou uma ampla reforma ministerial, que seria realizada em janeiro deste ano. A ideia era consolidar o apoio do Centrão ao governo Lula. No final das contas, o petista optou por mudanças pontuais em determinadas pastas como Turismo, Esporte e Portos e Aeroportos.
O PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e do senador Ciro Nogueira (PI), ainda pressiona o governo federal por mais espaço. Apesar de a sigla ter o controle do Ministério dos Esportes com André Fufuca, os caciques do PP querem que Lula entregue outra pasta com maior peso na entrega de obras, como o Ministério da Saúde. A pasta é comandada por Nísia Trindade, que está na cota pessoal do presidente da República.
Como será essa reforma ministerial?
Outro movimento tem relação direta com o Ministério da Justiça. Flávio Dino deixará a pasta na semana que vem, mas Lula, até o momento, ainda não definiu quem será o seu substituto. O ex-ministro Ricardo Lewandowski, o secretário especial para assuntos jurídicos da Presidência, Wellington César Lima e Silva, e o secretário-executivo da pasta, Ricardo Capelli, despontam como favoritos.
O PT e o PP trabalham por uma divisão na pasta. Dino tem defendido a manutenção da estrutura atual. Caso ocorra o desmembramento, Lula teria um ministério a mais para negociar com o Centrão. Mas integrantes do Palácio do Planalto têm defendido que esse movimento precisa ser feito apenas se Lula enfrentar algum tipo de resistência em votações no Congresso Nacional neste ano.
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