A obra-prima do sanfoneiro bolsonarista
O sanfoneiro de Jair Bolsonaro, tocando “Ave Maria”, foi “uma obra-prima do humor involuntário”...
O sanfoneiro de Jair Bolsonaro, tocando “Ave Maria”, foi “uma obra-prima do humor involuntário”, segundo João Pereira Coutinho.
“Isso se deve, como normalmente acontece no grande humor, à distância abissal entre intenção e resultado.
Intenção: ‘homenagear os que se foram’ com o coronavírus, afirma o presidente. E um observador atento, espreitando o sanfoneiro lá atrás que ensaia as primeiras notas, teme o pior.
Resultado: as expectativas são superadas quando o sanfoneiro decide juntar a sua voz à ‘melodia’ (digamos assim). Não é que ele cante mal. Em rigor, ele não canta; apenas soluça as palavras, como se houvesse uma intermitência persistente entre o cérebro e as cordas vocais. De tal forma que não sabemos bem se aquilo é uma performance ou um derrame.
Numa altura em que se discute a depredação de várias estátuas pelo mundo, o sanfoneiro de Bolsonaro vandalizou o ‘Ave Maria’ de Gounod com um talento de fazer inveja aos iconoclastas”.
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