A missão do (outro) Messias
O advogado-geral da União, Jorge Messias, foi escalado pelo governo Lula para tentar buscar uma saída para o desconforto criado pela Receita Federal às lideranças evangélicas do Congresso, após a suspensão de um ato que beneficiava pastores e ministros religiosos...
O advogado-geral da União, Jorge Messias, foi escalado pelo governo Lula para tentar buscar uma saída para o desconforto criado pela Receita Federal às lideranças evangélicas do Congresso, após a suspensão de um ato que beneficiava pastores e ministros religiosos.
Segundo o jornal O Globo, “após reunião com integrantes da Frente Parlamentar Evangélica, na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que vai discutir com a AGU e o Tribunal de Contas da União (TCU) uma solução para o impasse e reclamou do que seria uma ‘politização indevida’ da questão”.
Ainda para o jornal fluminense, esse episódio vai testar a capacidade de articulação política de Messias, que é evangélico. A ideia do governo federal é que ele tente apaziguar os ânimos da bancada religiosa no Congresso. Deputados e senadores criticaram a suspensão do ato da Receita Federal e classificaram a medida como perseguição.
“Messias já determinou que a sua equipe estude o caso — o próprio ministro ainda não sinalizou qual posição deve tomar. A reunião com lideranças evangélicas do Congresso deve ocorrer no início de fevereiro, após a temporada do chefe da AGU na Espanha e na Costa Rica para a abertura dos trabalhos da Corte Interamericana”, declarou o jornal.
Mas a missão de Messias não será nada fácil.
Isso porque parte da bancada evangélica não vai endossar um acordo com o governo Lula.
“Se houve reunião da liderança da frente parlamentar evangélica, que tornou alguns parlamentares evangélicos porta vozes do governo Lula, creio que a diretoria não foi comunicada e nem nós membros da frente não fomos informados”, disse o deputado Marco Feliciano (PL-SP).
“A perseguição a nós evangélicos já não é mais velada. Lula nos chama de mentirosos, Lula mentiu em carta aberta enviada para os evangélicos durante a campanha eleitoral, seu governo comunista apoia, propaga e defende pautas contrárias ao que cremos! Eu já disse e reafirmo: estamos sendo perseguidos!”, acrescentou o parlamentar.
Além disso, como mostramos, a decisão do secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas (foto), que anulou a isenção fiscal sobre salários de pastores ampliou a crise dentro do órgão. O movimento foi visto por diretores da Receita como uma forma de Barreirinhas se manter no cargo ao fazer um aceno para o governo do presidente Lula (PT).
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