"A Lava Jato foi a maior operação anticorrupção que o Brasil já teve" "A Lava Jato foi a maior operação anticorrupção que o Brasil já teve"
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“A Lava Jato foi a maior operação anticorrupção que o Brasil já teve”

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3 minutos de leitura 29.07.2020 14:59 comentários
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“A Lava Jato foi a maior operação anticorrupção que o Brasil já teve”

O Antagonista recebeu, em primeira mão, uma nota que acaba de ser divulgada pela Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) em defesa da Lava Jato e repudiando as declarações de Augusto Aras. "A Lava Jato foi a maior operação anticorrupção que o Brasil já teve, desmantelou inúmeros esquemas criminosos de desvios de recursos públicos...

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3 minutos de leitura 29.07.2020 14:59 comentários 0
“A Lava Jato foi a maior operação anticorrupção que o Brasil já teve”
AO VIVO: Lava Jato explica Operação Alerta Mínimo

O Antagonista recebeu, em primeira mão, uma nota que acaba de ser divulgada pela Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) em defesa da Lava Jato e repudiando as declarações de Augusto Aras.

“A Lava Jato foi a maior operação anticorrupção que o Brasil já teve, desmantelou inúmeros esquemas criminosos de desvios de recursos públicos e, pela primeira vez na história do país, empresários e políticos de alto escalão foram presos. Seriam esses os rumos a serem ser corrigidos?”, diz trecho da nota.

Os magistrados paranaenses lembram que “a grande maioria das decisões proferidas na Operação Lava Jato vem sendo confirmada em todas as instâncias”.

E pondera: “Se existem erros, estes devem ser corrigidos dentro dos respectivos processos”.

Sergio Moro, que chefiou a Lava Jato no Paraná como juiz, não é mais associado à Apajufe.

Leia a íntegra:

“A Associação Paranaense dos Juízes Federais vem por meio da presente nota manifestar-se acerca da fala do ProcuradorGeral da República Augusto Aras que, em debate promovido com advogados na data de ontem (29/07/2020), afirmou ser hora de ‘corrigir rumos para que o lavajatismo não perdure’.

A lava-jato foi a maior operação anti-corrupção que o Brasil já teve, desmantelou inúmeros esquemas criminosos de desvios de recursos públicos e, pela primeira vez na história do país, empresários e políticos de alto escalão foram presos.

Seriam esses os rumos a serem ser corrigidos?

Todas as decisões proferidas na operação lava-jato foram e ainda são objeto de todos os recursos legais possíveis nas quatro instâncias judiciais que compõe nosso Poder Judiciário.

Se existem erros, estes devem ser corrigidos dentro dos respectivos processos.

Era esperada a tentativa de sua deslegitimação, por parte de alguns, ante ao fato notório de que a grande maioria das decisões proferidas na operação lava-jato vem sendo confirmadas em todas as instâncias.

O que causa espanto neste caso é que o Procurador-Geral da República, autoridade que deveria justamente preservar a operação, sem a análise completa dos dados que ainda estão sendo coletados nos sistemas da lava-jato, emita um pré-julgamento de falta de transparência, quando todos os processos são públicos, que os dados colhidos possam ser utilizados para chantagear pessoas, sem qualquer fundamento, ou de que a operação tenha viés punitivista, quando a grande maioria das condenações foram confirmadas.

O pretendido fim do que o Procurador-Geral da República chamou de “lavajatismo” representará o término de um método de trabalho que se mostrou eficiente no combate à corrupção. Deve-se olhar para o futuro sempre em busca do aperfeiçoamento de métodos, jamais um retorno ao passado de enfrentamento quase “artesanal” da corrupção que produziu resultados módicos ao longo da história, como se comprova a ausência de condenação de políticos relevantes por improbidade administrativa ou a inexistente repatriação de valores antes da operação.

Não há como fortalecer o combate à corrupção destruindo a maior operação anti-corrupção do país que condenou mais de 165 corruptos (em 1ª e 2ª instância) e recuperou mais de 4 bilhões de reais desviados dos cofres públicos.

A APAJUFE presta sua solidariedade aos inúmeros policiais, auditores, procuradores e juízes que atuaram e atuam de forma imparcial e escorreita para o sucesso da operação, com a devida responsabilização dos culpados, sempre observado o devido processo legal.”

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