A ideologização de tudo
Mario Sabino, na Crusoé: "Nesta semana, fui parar no hospital (não é Covid-19). Passei um dia inteiro fazendo exames e o que foi detectado pode ser resumido assim: envelhecimento associado a stress"...
Mario Sabino, na Crusoé:
“Nesta semana, fui parar no hospital (não é Covid-19). Passei um dia inteiro fazendo exames e o que foi detectado pode ser resumido assim: envelhecimento associado a stress. Contra o primeiro, não há muito o que fazer, além da receita conhecida –que, se não cumpro religiosamente, sigo com aquela assiduidade de agnóstico. Quanto ao segundo, só mesmo se eu mudar de profissão, e nenhuma tentativa feita por mim até agora resultou em sucesso. Acho que ficou tarde demais. Portanto, continuaria nestas redondezas até quando puder.”
E mais:
“Abordo minha ida ao hospital não para me lamuriar (característica, aliás, do envelhecimento, embora bastante evidente em certas juventudes), mas para contar que, por mais que eu tenha passado muitas horas lá, não fui informado se os enfermeiros, técnicos e médicos que me atenderam eram de esquerda ou direita. Alguns eram mais simpáticos e falantes, outros se limitavam à cordialidade própria de suas funções, isso foi tudo. Até o momento, pelo menos, não se exige que profissionais de saúde exibam crachá ideológico no exercício das suas atividades. Essa normalidade de hospital, aliada à injeção de contraste, empurrou-me para a seguinte pergunta: por que tanta gente hoje se sente compelida a declarar aos berros, não importa a situação, o seu lado na política e arrumar encrenca desnecessária com quem reza por cartilha oposta?”
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