A democracia de cabresto
O mantra para que os jovens votem e para que os eleitores não anulem seus votos “não tem nada a ver com aperfeiçoar o processo democrático”, diz o advogado André Marsiglia Santos, em artigo na Crusoé. “O infeliz do jovem mal consegue escolher as próprias...
O mantra para que os jovens votem e para que os eleitores não anulem seus votos “não tem nada a ver com aperfeiçoar o processo democrático”, diz o advogado André Marsiglia Santos, em artigo na Crusoé.
“O infeliz do jovem mal consegue escolher as próprias meias, não sabe a diferença de um parafuso para um prego, mas é obrigado a ouvir o dia inteiro de todo mundo que a democracia depende dele: vote, vote, vote. Seja participativo nas eleições (…).
Ora, votar branco ou nulo, por acaso, não é também uma escolha? Não estarão, faça chuva ou faça sol, de forma legítima, na urna eleitoral, os botões nulo e branco? Se a escolha do eleitor for por nenhum dos candidatos disponíveis, me parece ser absolutamente responsável a fidelidade à própria escolha chegar ao ponto de não ser negociada em nome de um “menos pior”, que a cada eleição cava ainda mais fundo o buraco daquilo que entendemos por pior.”
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