A baixa na guerra da Receita
O Antagonista foi o primeiro site a noticiar a demissão do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, pelo ministro Paulo Guedes, em setembro...
O Antagonista foi o primeiro site a noticiar a demissão do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, pelo ministro Paulo Guedes, em setembro.
Cintra já estava na corda bamba. Defensor do imposto único, ele chegou a dizer em maio que a Receita cobraria tributos de igrejas. Com a repercussão negativa, foi desautorizado por Jair Bolsonaro. A fritura era explícita, com a ajuda do fritado, que insistia em voltar para a frigideira sempre que tinha uma oportunidade.
A chapa esquentou de vez setembro. Durante um seminário em Brasília, Cintra apresentou estudos não autorizados por Guedes, defendendo uma proposta mais ampla que a simples criação de um imposto, a tal “Nova CPMF’ — hipótese curiosamente ressuscitada por Bolsonaro no final do ano.
Havia, no entanto, um motivo subjacente para a demissão do secretário, como informou O Antagonista: Cintra ficou no fogo cruzado entre a ofensiva de Gilmar Mendes contra a investigação do seu patrimônio familiar pela Receita e a pressão dos auditores fiscais em defesa das suas prerrogativas.
No lugar de Cintra, assumiu José Barroso Tostes Neto.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)