70% dos brasileiros já enfrentaram eventos climáticos extremos
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pólis e pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) revelou que sete em cada dez brasileiros já passaram por pelo menos um evento climático extremo associado às mudanças climáticas...
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pólis e pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) revelou que sete em cada dez brasileiros já passaram por pelo menos um evento climático extremo associado às mudanças climáticas.
Os resultados, divulgados nesta segunda-feira, 04, mostram que esses eventos têm impactado diretamente a vida da população, com ocorrências como chuvas torrenciais, falta d’água, ondas de calor extremo, ciclones e queimadas.
De acordo com o levantamento, as chuvas muito fortes e a seca foram os principais problemas enfrentados pela população, sendo relatados por 20% dos entrevistados. Em seguida, estão alagamentos, inundações e enchentes (18%); temperaturas extremas (10%); apagão de energia (7%); ciclones e tempestades de vento (6%); e queimadas e incêndios (5%).
A seca foi apontada por 34% das pessoas como a ocorrência climática que mais causa sensação de alerta na população. Além disso, a pesquisa revelou que a incidência de certos eventos climáticos varia por região do país e pode afetar grupos sociais de forma desproporcional.
Por exemplo, ciclones e tempestades de vento preocupam proporcionalmente mais a população da região Sul, com 29% dos entrevistados manifestando preocupação, frente à média nacional de 13%. Já alagamentos, inundações e enchentes são mais temidos entre as classes D e E (25%) do que entre as classes A e B (19%), apesar de preocuparem 23% da população nacionalmente.
Segundo a pesquisa, 84% dos brasileiros estão preocupados com o futuro e apoiam o investimento em fontes renováveis de energia. De acordo com a população, as fontes não-renováveis estão diretamente associadas ao agravamento da crise climática. O petróleo é considerado o principal culpado por 73% dos entrevistados, seguido pelo carvão mineral (72%) e gás fóssil (67%).
O levantamento foi realizado presencialmente em todas as regiões do país entre os dias 22 e 26 de julho de 2023. A amostra conta com 2 mil respostas e possui um intervalo de confiança de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Esses resultados destacam a necessidade urgente de ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover uma transição para fontes de energia mais sustentáveis.
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