Ferrari vence corrida antes do Brasil
Carlos Sainz vence com a Ferrari no México, logo antes da corrida no Brasil, enquando Max perde vantagem na disputa pelo título
O Grande Prêmio do México teve seu momento de drama, mas não o que muitos esperavam. A Ferrari, que vinha se mostrando forte, não conseguiu repetir a dobradinha de Austin, mas ainda assim foi a mais forte.
O foco da corrida, na verdade foi a disputa franca entre Max Verstappen e Lando Norris. Vamos agora à análise de quem ganhou e quem perdeu na etapa mexicana:
QUEM GANHOU:
Carlos Sainz, Fez a pole e ganhou de ponta a ponta, sem cometer erros. É realmente uma pena que ele esteja deixando a equipe bem quando ela está numa fase boa e ele, talvez sabendo que não terá um carro vencedor tão cedo na Williams, tirou o máximo que pode numa pista que favorece o carro italiano, deixando claro que é um piloto de ponta.
Lando Norris fez uma corrida racional, aguerrida e competitiva numa pista que a própria equipe sabia que não seria muito boa para o carro deles, garantindo um segundo lugar. Ele soube lidar com a pressão e aproveitou a oportunidade para diminuir a vantagem de Verstappen no campeonato. Só que agora eles têm as Ferrari para equacionar nas disputas pelos títulos também.
A Haas teve um desempenho bastante positivo, superando expectativas e fazendo o que precisava para pontuar. Magnussen e Hülkenberg mostraram que a realidade do carro é boa e ocasionalmente os pontos são, sim uma realidade. A dupla se manteve firme, não cometeu erros e com isso ampliam a vantagem da equipe para a RB na disputa pelo sexto lugar na tabela.
Pierre Gasly foi outro que conseguiu se dar bem. Sua performance sólida com um carro sabidamente fraco o manteve à frente de seu companheiro de equipe e ajudou a Alpine a conquistar pontos importantes para encurtar a distância que a separa da rival Williams para 3 pontos.
QUEM PERDEU:
Max Verstappen teve um dia menos iluminado. Com as punições (merecidas), saiu em desvantagem em sua disputa com Norris. Fica a pergunta: será que essa situação mudará suas defesas agressiva de posição nas pistas? Aparentemente ele está mais preocupado com o declínio do desempenho da Red Bull do que com as opiniões sobre sua pilotagem. É um momento delicado para o campeão, que precisa encontrar soluções rápidas se quiser ser tetra.
Sergio Perez, o último colocado. Foi mal na classificação e pastou na corrida, suas esperanças em casa foram frustradas. Mesmo com todas as justificativas (carro danificado na disputa com Lawson), o resultado foi decepcionante para o piloto. O peso de não corresponder às expectativas na corrida em casa é enorme e pode gerar uma pressão insustentável para o futuro, e as especulações sobre sua dispensa ao fim do ano voltam a pairar.
Falando em pressão, Liam Lawson teve um fim de semana complicado. Suas disputas na pista, que envolveram até mesmo Alonso e Perez, deixaram sua imagem um pouco manchada. Apesar de parecer uma promessa, ele precisa apresentar um desempenho mais consistente para provar que merece uma vaga em na equipe de ponta do grupo.
Oscar Piastri não conseguiu aproveitar as oportunidades. Eliminado na Q1 e com um desempenho abaixo do esperado, sua corrida não foi suficiente para garantir um lugar no pódio, especialmente diante do que a Ferrari conseguiu. O jovem piloto precisa aprender a classificar melhor, a lidar com a pressão e aproveitar as chances quando elas aparecem. Ele pode ser frio no comportamento, mas não de nada adianta sem a correspondente evolução.
Sauber segue na sua sina de ser a pior em tudo, e mesmo quando trazem algumas poucas modificações para os seus carros, não muda nada no resultado e seguem zerados na tabela de pontos. Bottas segue em compasso de espera para saber se segue ou não na equipe no ano que vem, enquanto ela negocia para trazer Bortoleto ou, quem sabe algum outro nome (Colapinto, Drugovich…), que certamente irá pastar em 2025.
E a cereja do bolo foi Fernando Alonso. Com toda celebração em torno de seu marco de 400 corridas, sua performance foi rapidamente ofuscada por problemas técnicos que o tiraram da corrida. Assim, a Aston Martin também enfrentou um fim de semana frustrante onde, para variar, seu carro não rendeu o esperado com as atualizações implementadas nos carros na etapa anterior.
Já neste próximo fim de semana, teremos o GP de São Paulo, com corrida Sprint (mais curta) no sábado, será bem interessante para acompanharmos.
Eis o resultado final do GP do México:
1) Carlos Sainz (Ferrari), 71 voltas
2) Lando Norris (McLaren/Mercedes), 71 (+4.705s)
3) Charles Leclerc (Ferrari), 71 (+34.387s)
4) Lewis Hamilton (Mercedes), 71 (+44.780s)
5) George Russell (Mercedes), 71 (+48.536s)
6) Max Verstappen (Red Bull/Honda RBPT), 71 (+59.558s)
7) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari), 71 (+1’03.642s)
8) Oscar Piastri (McLaren/Mercedes), 71 (+1’04.928s)
9) Nico Hülkenberg (Haas/Ferrari), 70
10) Pierre Gasly (Alpine/Renault), 70
11) Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes), 70
12) Franco Colapinto (Williams/Mercedes), 70
13) Esteban Ocon (Alpine/Renault), 70
14) Valtteri Bottas (Sauber/Ferrari), 70
15) Zhou Guanyu (Sauber/Ferrari), 70
16) Liam Lawson (RB/Honda RBPT), 70
17) Sergio Pérez (Red Bull/Honda RBPT), 70
Abandonou: Fernando Alonso (Aston Martin/Mercedes)
Abandonou: Alexander Albon (Williams/Mercedes)
Abandonou: Yuki Tsunoda (RB/Honda RBPT)
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