Quanto mais fala e menos faz, mais Lula cai nas pesquisas
O presidente faria melhor se atacasse o prejuízo recorde das estatais ou mesmo o rombo da previdência, mas aí não seria quem é
A mais recente pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, 12, mostrou que a avaliação positiva do governo Lula caiu 7,5 pontos percentuais em 2024, recuando de 43% em janeiro deste ano para 35,5% agora em novembro. Por outro lado, a avaliação negativa subiu de 28% para 30,8%. No começo do ano, eram 28%. Perguntados sobre o desempenho pessoal do presidente, 49,7% dos entrevistados disseram aprovar e 45,7% não aprovam.
O resultado caminha na mesma direção do encontrado pela Quaest, em outubro passado, que também captou queda na aprovação do chefão petista e crescimento da desaprovação. Os números do instituto mineiro mostraram que 51% dos pesquisados aprovavam o governo, enquanto 45% desaprovavam, ante 54% e 43%, respectivamente, em julho passado, ratificando a tendência capturada também pelo Ipec, em setembro deste ano.
O fato é que este governo – e isso começa a ser cada vez mais compreendido por parcela significativa da população – fala muito e faz pouco. E o pouco que faz não vem trazendo benefícios concretos à maioria dos brasileiros, a despeito dos números positivos de desemprego e mesmo de inflação, ainda que com a subida recente do IPCA, projetando uma taxa anual, no fim de 2024, um pouco acima do teto da meta.
Más escolhas
Outro possível motivo para a queda da aprovação do governo, e do desempenho pessoal de Lula, é sua diuturna verborragia na contramão do minimamente razoável. Ao seu opor, por exemplo, de forma agressiva contra o legítimo direito de defesa de Israel contra os terroristas do Hamas e do Hezbollah, Lula traz para si o ônus de seu alinhamento com o Irã e, pior, seu distanciamento das democracias desenvolvidas do ocidente.
Outros posicionamentos contrários ao bom senso comum, como apoiar Vladimir Putin e sua tirania contra a Ucrânia e se recusar a condenar o golpe eleitoral de Maduro na Venezuela – ainda que nos últimos dias venha tentando se desvincular da fraude que, sim, anteriormente ratificou – provavelmente têm influenciado negativamente sua imagem e de seu governo junto ao eleitorado, sobretudo os não convertidos aos extremos.
Nesta semana, o presidente voltou a atacar o “mercado”, dizendo que “Irei vencê-lo mais uma vez“, como se de fato houvesse uma guerra. Lula faria melhor se atacasse o prejuízo recorde das estatais ou mesmo o rombo da previdência, que sugam o dinheiro que deveria seguir para a melhora do dia a dia dos brasileiros. Eis o real motivo para os maus números das pesquisas. O remédio? Falar menos e fazer mais, mas aí não seria Lula, a “alma mais honesta deff paíff “.
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Comentários (3)
Marcelo José Dias Baratta
13.11.2024 03:08O ego inflado, a certeza que qualquer coisa que disser será bem recebido por todos, a demonstração de desprezo aos anseios do povo, vaidades, vaidades e vaidades. Tem uma Palavra de Deus que diz assim: Provérbios 16,18 -"A soberba precede a ruína, e a altivez de espírito precede a queda."
Sandra
12.11.2024 22:16E como se tudo isso não bastasse, para diminuir o déficit do governo ele quer cortar exatamente do povo, e não enxugar a máquina e seus próprios gastos absurdos
Marian
12.11.2024 20:26O inverso também provoca o mesmo resultado não?