“Passei a valorizar fazer xixi”, diz brasileiro que sobreviveu ao Hamas
Desde então, Israel e Hamas travam uma guerra sem previsão para o fim. O grupo terrorista mantém ao menos 101 judeus reféns
Certa vez, não me lembro quem, me perguntou: — Ricardo, você se lembra que tem cabeça? Eu respondi: — Não. E ele: — E quando dói? Pois é. Somos assim mesmo. Desconsideramos tantas coisas (das mais simples às melhores), mas tão logo nos faltem ou incomodem, lembramos imediatamente de sua importância.
Conversei na quarta-feira, 18 de setembro, por cerca de uma hora com Rafael Zimmerman, jovem de 28 anos, em impactante entrevista ao quadro A História da História, do portal O Fator, parceiro de O Antagonista em Minas Gerais. Recomendo que assistam (aqui), mas já alerto: é preciso ter o estômago forte e o lenço em mãos.
Rafael foi vítima dos ataques bárbaros de 7 de outubro de 2023. Ele estava na festa em que milhares de jovens – israelenses ou não, judeus ou não – foram torturados, estuprados, espancados, queimados vivos, decapitados, sequestrados e mortos pelos terroristas do Hamas. Hoje, no Brasil, palestra a respeito do que viveu.
Guerra contra o terror
Desde então, Israel e Hamas travam uma guerra sem previsão para o fim. O grupo terrorista, financiado pela tirania iraniana, mantém ao menos 101 judeus reféns. Seu aliado no Líbano, o Hezbollah, ameaça escalar o conflito, que pode envolver diretamente o Irã e atrair outras ditaduras fundamentalistas islâmicas.
O governo brasileiro, notadamente o próprio presidente Lula, insiste em condenar cada ato de defesa de Israel, enquanto relativiza os ataques terroristas diuturnos contra cidades israelenses e civis judeus. Há quase um ano, a única democracia do Oriente Médio luta – sozinha! – contra o terrorismo antissemita.
Como ser humano civilizado – e judeu! -, lamento profundamente as mortes dos palestinos subjugados pelo Hamas em Gaza. É, sem dúvida alguma, uma tragédia humanitária de gigantes proporções. Porém, não caminho um milímetro no sentido oposto ao direito de Israel se defender, e de proteger seus milhões de cidadãos.
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