Padrão Datena: sobrinho de Dilma ameaça cadeirada em Nikolas
Já vou preparando a pipoca, porque MMA entre bolsonarista e lulopetista, como a gente diz em Minas, “É bão demais da conta, sô”
O sobrinho-neto da ex-presidente Dilma, nossa eterna estoquista de vento, Pedro Rousseff, eleito vereador em BH pelo Partido dos Trabalhadores (PT) com mais de 17 mil votos, em entrevista ao portal UAI, sem meias palavras, avisou aos colegas da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) que irá adotar o “padrão Datena” no embate parlamentar:
“Gritaria e briga, de jeito nenhum. Mas se tiver que dar umas cadeiradas, com certeza. Porque eles só aprendem desse jeito. É só quando surge uma voz firme e corajosa contra eles, que eles aprendem. O Pablo Marçal só parou de crescer quando tomou uma cadeirada na cabeça – pra mostrar que não é tão homem assim, não. A mesma coisa com o Nikolas e os fantoches dele”.
Com 24 anos, Pedro, como sua tia-avó que saudava a mandioca na Presidência da República, milita no grupo Construindo um Novo Brasil (CNB). Quando me lembro do triênio mais recessivo da nossa história (2014 a 2016), graças às ideias da mãe do PAC – como Lula chamava a criatura -, um frio me percorre a espinha só de pensar o que seria este “novo Brasil”.
Renovação
Como seus pares da nova geração, Pedro Rousseff é bastante ativo nas redes sociais. Sua campanha contou com doações de peso, como a do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, amigo de fé irmão camarada do presidente Lula, que injetou 100 mil reais nos cofres do “Datena da Esquerda”, que, como a maioria dos petistas de BH, fugiu do correligionário Rogério Correia, candidato derrotado à Prefeitura, como o diabo foge da cruz.
A ameaça de cadeirada tem um provável endereço: Pablo Almeida (PL), ex-assessor do deputado federal Nikolas Ferreira, do mesmo partido, que foi eleito com quase 40 mil votos, tornando-se o recordista da cidade. Recentemente, o bolsonarista raiz prometeu transformar Belo Horizonte na “capital do conservadorismo no país”, dentre otras cositas más, típicas da turma Tiro, Porrada e Bomba, da tal “extrema direita” brasileira.
Em 2022, Pedro ajudou a coordenar a campanha de Lula em Minas Gerais. Dizendo ser um “discípulo de Dilma Rousseff“, defende a “renovação na política”. Difícil imaginar renovação ao lado de dois políticos pra lá de antigos, e adotando o modus operandi de um apresentador de TV tão maduro quanto. Mas já vou preparando a pipoca, porque MMA entre bolsonarista e lulopetista, como a gente fala em Minas, “É bão demais da conta, sô”.
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