Mas, afinal, o desemprego caiu ou subiu?

18.03.2025

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Mas, afinal, o desemprego caiu ou subiu?

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Rodrigo Oliveira
2 minutos de leitura 30.04.2024 14:48 comentários
Análise

Mas, afinal, o desemprego caiu ou subiu?

Depende do ângulo que você vê. Os primeiro três meses do ano são, na maioria da vezes, períodos com altas nas taxas de desocupação

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Rodrigo Oliveira
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Mas, afinal, o desemprego caiu ou subiu?
Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a taxa de desocupação nos três meses até março deste ano em 7,9%, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

Se considerarmos a trajetória do desemprego neste ano, este é o terceiro mês consecutivo de aumento no número de pessoas querendo trabalhar sem conseguir uma vaga. No trimestre terminado em dezembro do ano passado, esse número chegou a 7,4% – que é o patamar mais baixo desde janeiro de 2015. No período até janeiro, foi a 7,6%; e, nos três meses até fevereiro, 7,8%.

Mas por que, então, parte da mídia destaca a queda do desemprego com as taxas em 7,9% ? Porque esse é o menor patamar para um trimestre terminado em março desde 2014. E isso também é importante, afinal, indica que se considerada a sazonalidade do número ele está em um nível historicamente baixo.

Desde a implantação da PNAD contínua pelo IBGE, em janeiro de 2012, em quatro dos 12 levantamento até 2023, em 10 oportunidades os três primeiros meses do ano registraram aumento consecutivo nas médias trimestrais. Duas vezes, em 2012 e 2022, esse padrão foi quebrado, com alta em janeiro e queda ou manutenção nos dois meses seguintes.

Isso mostra que, de certo ponto de vista, é comum a altas consecutivas nas médias aferidas no primeiro trimestre. É importante notar, no entanto, que em quatro das 10 oportunidades em que isso ocorreu, o desemprego continuou a subir após o mês de março (2014, 2015, 2016 e 2020), e, nas outras seis vezes, os brasileiros viram o cenário do mercado de trabalho melhorar (2013, 2017, 2018, 2019 e 2021).

Parte do noticiário escolheu o copo meio cheio para olhar – o menor patamar desde 2014. Outra parte o risco de uma espiral de aumento no desemprego visto em 40% das vezes – em três delas durante o governo Dilma e, na quarta, durante o primeiro ano de pandemia, no mandato de Bolsonaro.

E qual a tendência para os próximos meses? As expectativas de mercado estão divididas entre os que entendem que a trajetória de alta deve se manter apesar da sazonalidade, enquanto outros acreditam em um aquecimento do mercado de trabalho com mais geração de vagas daqui para frente. A única certeza é que o futuro dirá quem está certo.

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Rodrigo Oliveira

Jornalista pela UnB (Universidade de Brasília), pós-graduado em Marketing &amp; Mídias Digitais pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e especializado em finanças e negócios. É Analista de Valores Mobiliários (CNPI) certificado pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) com quatro anos de experiência profissional no mercado financeiro.

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