Lula sem disfarce: aos ditadores, tudo. A Israel, nada
Lula é tão vil, diplomaticamente falando, e tão hipócrita em assuntos relacionados à democracia, que consegue ser admoestado por Mourão
O governo brasileiro, segundo informado pela imprensa na quinta-feira, 2, deverá enviar um representante diplomático à cerimônia de posse do presidente reeleito – sob indiscutível fraude – da Venezuela, Nicolás Maduro. Caberá à embaixadora brasileira em Caracas, Gilvania de Oliveira, a missão de testemunhar e chancelar o golpe eleitoral do ditador venezuelano.
Para a surpresa de ninguém, mesmo alegando não reconhecer o resultado das eleições fraudadas, Lula irá bajular, para não variar, um ditador de estimação e uma ditadura amiga. Foi assim com Cuba e os irmãos Castro, o Irã e Mahmud Ahmadinejad, a Líbia e Muammar Al Gaddafi, a Nicarágua e Daniel Ortega, e com a própria Venezuela sob Hugo Chávez.
O Partido dos Trabalhadores (PT) já havia reconhecido a “vitória” de Maduro, bem como diversas entidades de esquerda ligadas aos petistas. Essa turma sempre foi muito rápida em adjetivar de “golpista” – e com toda a razão -, o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua trupe aloprada, mas jamais reconheceu, ou irá reconhecer, os golpes dos ditadores amigos.
Ao Irã, deferência
Além de vergonhosa e de comprovar o tradicional duplo padrão moral de Lula e companhia, o que, repito, não é novidade para ninguém, a atitude do governo brasileiro escancara a falta de compromisso com a democracia e prova que todos os discursos em defesa desta são, na verdade, “da boca para fora”, além de reforçar a percepção de antissemitismo.
Lula ordenou a retirada do embaixador brasileiro em Israel, em maio de 2024, supostamente para ouvi-lo sobre a guerra contra os terroristas do Hamas, em Gaza, e do Hezbollah, no Líbano, armados pelo Irã, teocracia fundamentalista que, dentre outros “atos humanitários”, enforca homossexuais, apedreja mulheres adúlteras e assassina as que não usam véu.
Aliás, a ditadura islâmica, aliada antiga do chefão petista, foi “agraciada” com a presença do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, durante a cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian, que assumiu o cargo após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero, também em maio de 2024. Ao lado de Alckmin, diversos terroristas sanguinários.
A Israel, repulsa
Desde a invasão bárbara do Hamas, em 7 de outubro de 2023, que motivou o contra-ataque israelense às instalações militares dos terroristas em Gaza, deixando como dano colateral, infelizmente, um rastro de milhares de mortes e uma cidade praticamente irrecuperável, Lula maldiz Israel e reverbera dados e fatos inverídicos divulgados pelos assassinos palestinos.
Por diversas vezes, a “alma mais honesta deste país” mentiu sobre as ações dos israelenses, inventou ataques – como contra um hospital – e divulgou números irreais. Seu ministro da Defesa, José Múcio, admitiu que o governo brasileiro boicota comercialmente empresas israelenses. Não à toa, o Brasil continua sem embaixador em Israel.
Sim. O “defensor dos direitos humanos”, que retira o embaixador brasileiro da única democracia do Oriente Médio é, portanto, o mesmo que envia representantes para a posse de líderes de ditaduras. Sobre isso, o ex-vice-presidente da República e senador pelo Rio Grande do Sul, general Hamilton Mourão, afirmou em sua conta no X, antigo Twitter:
Fala, Mourão
“Lula, ao confirmar a presença de um representante brasileiro na posse de Maduro, na Venezuela, mostra ser admirador de tiranos. Enquanto as democracias do mundo reconheceram a vitória de Edmundo Gonzalez, o governo Lula resolveu prestigiar o tiranete cucaracho que se mantém no poder pelo aparelhamento institucional”.
E fulminou, o antigo BFF (best friends forever) de Bolsonaro, tornado posteriormente um desafeto: “Ao prestigiar um déspota, o governo Lula valida a tirania e mostra que, na essência, despreza os princípios democráticos”. Na mosca! Ganha um pão francês com leite condensado, na casa do “mito”, quem encontrar uma vírgula fora do lugar.
Lula é tão vil, diplomaticamente falando, e tão hipócrita em assuntos relacionados à democracia e aos direitos humanos, que consegue ser irrefutavelmente admoestado por ninguém mais, ninguém menos que Hamilton Mourão, a despeito de suas qualidades intelectuais, um não exemplo de democrata e, digamos, um não amante dos bons modos.
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