Lula não convence nem seus indicados ao Banco Central

06.12.2025

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O Antagonista

Lula não convence nem seus indicados ao Banco Central

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Rodolfo Borges
3 minutos de leitura 17.12.2024 10:57 comentários
Análise

Lula não convence nem seus indicados ao Banco Central

Comitê de Política Monetária (Copom) do BC destaca em ata, de forma unânime, o "esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal"

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Rodolfo Borges
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Lula não convence nem seus indicados ao Banco Central
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira, 17, a ata de sua última reunião, em que decidiu, de forma unânime, elevar em um ponto percentual a taxa básica de juros e comunicar que “em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”.

“O Comitê reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade”, diz o documento divulgado nesta terça.

Como de costume, os petistas se apressaram a culpar Roberto Campos Neto, que presidiu sua última reunião do Copom, pelo aumento da Selic e pela perspectiva de elevação nos juros. Mas Lula (à direita na foto) já indicou quatro dos nove membros do Copom, e todos votaram junto com Campos Neto pelo aumento da taxa, que chegou a 12,25% ao ano, e deve passar de 14% no início de 2025.

Todos juntos

“Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira”, destaca a ata do Copom.

O Senado aprovou na semana passada mais três indicados de Lula para o Banco Central. Em 2025, o BC será presidido por Galípolo, um dos indicados pelo petista, e os governistas devem perder a muleta de reclamar contra Campos Neto sempre que o BC atua para tentar reduzir os danos da política fiscal de um governo gastador.

Na segunda-feira, 16, ao deixar a casa de Lula em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (à esquerda na foto), disse que “nós estamos muito convencido de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”. Horas depois, o dólar fechou em nova alta histórica, e abriu em outro recorde de valor nesta terça.

Falta ao governo Lula convencer o resto do país sobre o compromisso com o cumprimento das metas fiscais inclusive os diretores do Banco Central indicados pelo próprio governo.

Leia mais: Quem mandou o dólar para a Lua?

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Rodolfo Borges

Rodolfo Borges é jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Trabalhou em veículos como Correio Braziliense, Istoé Dinheiro, portal R7 e El País Brasil.

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