Eleições EUA: nem Trump nem Kamala irão arruinar o país
Mentiras e “campanhas do medo” sempre foram armas eleitorais nas disputas políticas
Não sei se nós copiamos os Estados Unidos, como quase sempre fazemos com tudo, ou se foram os americanos que se inspiraram em nossa extrema idiotia eleitoral dos últimos anos – ou, talvez, seja mesmo um fenômeno mundial -, mas o fato é que as eleições americanas estão cada vez mais parecidas com as nossas.
Se, por aqui, temos o petismo e o antipetismo protagonizando as disputas, eliminando quaisquer outras possibilidades de real progresso, aprisionando o país em uma falsa disputa por moralidade, honestidade e eficiência, atributos absolutamente ausentes nestes dois campos, por lá temos o trumpismo e o antitrumpismo.
O diabo é que, como cá, as eleições não se dão em torno de propostas, mas de ataques e, principalmente, mentiras e mistificações. Elon Musk, por exemplo, segundo o Center for Countering Digital Hate (CCDH), que monitora desinformação nas redes, conseguiu bilhões de visualizações com fake news contra Kamala Harris.
Dividir sempre
O próprio Trump virou piada mundial – novamente! – ao mentir em um debate que imigrantes estavam comendo os pets de Springfield, Ohio. Mas, atenção: ainda que com mais pudor e menos fantasia, os democratas não deixam de gastar tempo e muito dinheiro em mistificações e falsidades contra os republicanos.
Afirmar que os Estados Unidos irão se transformar em uma nação fascista, já que “Donald Trump é um fascista”, é no mínimo exagero – de fato, uma mentira. Tampouco que, verdadeiramente, o bufão alaranjado irá expulsar milhões de imigrantes tão logo assuma se vencer. Até porque, não foi o que fez em seu primeiro mandato.
De igual sorte, os EUA não se tornarão a Venezuela se Kamala Harris for eleita. Assim como o Brasil não se tornou com a eleição de Lula. Mentiras e “campanhas do medo” sempre foram armas eleitorais nas disputas políticas, mas ganharam contornos exagerados e dramáticos nos últimos anos, deixando de ser exceções para se tornarem regra.
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Comentários (2)
Alessandro Campos Moreira
05.11.2024 12:02Deveríamos valorizar mais os programas de governo, em sua forma escrita, do que o falatório em comícios. Apesar que, pelo menos por estas bandas, as propostas costumam ser jogadas no lixo já no primeiro dia de governo.
Antônio Carcos Zamith Junior
05.11.2024 10:46Golpista fascista Trump é lacaio do Hitler do Kremlin