Duplo padrão: Musk é demonizado enquanto Soros é blindado
Enquanto o bilionário libertário enfrenta ataques por se envolver na política, o megainvestidor é protegido pela mídia de críticas
Elon Musk enfrenta atualmente um tsunami de ataques da imprensa por colocar sua fortuna em causas políticas, enquanto George Soros, que investe bilhões em ativismo de esquerda há décadas, é blindado de questionamentos, sendo defendido de seus críticos como se qualquer denúncia fosse “antissemitismo” e “conspiracionismo”.
Desde que Elon Musk declarou apoio a Donald Trump nas eleições de 2024, ele tem sido intensamente escrutinado pela mídia e por figuras públicas. A revista alemã de esquerda Der Spiegel rotulou o empresário como “Inimigo Público Nº 2”, sugerindo que ele estaria ameaçando a democracia americana. Musk associou esse tipo de discurso ao ódio direcionado a ele e a Trump, que escapou milagrosamente de um atentado há poucas semanas.
Como se não bastasse, tentam associar o dono da SpaceX e da Tesla ao apartheid sul-africano, por ter cometido o crime de ter nascido na África do Sul. As fakes news que envolvem o caso usam como base uma foto manipulada em que o bilionário estaria com um boné que apoiava o apartheid. Essas mentiras exemplificam o nível extremo de assédio a que Musk foi submetido após começar a se envolver mais diretamente na política e em causas relacionadas à liberdade de expressão.
Enquanto isso, George Soros, fundador das Open Society Foundations, utiliza sua fortuna há décadas para financiar causas progressistas em escala global. Desde 1984, Soros investiu mais de US$ 32 bilhões em suas fundações, promovendo causas, políticos e grupos progressistas e de esquerda. Apesar de sua vasta influência política, Soros raramente enfrenta qualquer tipo de questionamento.
Críticas a Soros são frequentemente rotulados como antissemitas por seus defensores, o que impede um debate legítimo sobre suas ações políticas. Larry Pfeffer, sobrevivente do Holocausto, em artigo publicado pelo Jerusalem Post destacou a irresponsabilidade de rotular críticas legítimas a Soros como antissemitas.
Pfeffer defende que Soros é uma figura pública e utiliza sua fortuna para interferir diretamente até em governos, como em Israel. De acordo com Pfeffer, essa blindagem distorce o verdadeiro significado do termo antissemitismo, prejudicando a luta contra o preconceito real.
Um ponto controverso sobre Soros refere-se a eventos durante sua infância na Hungria ocupada. Aos 14 anos, Soros sobreviveu à perseguição nazista escondido com a ajuda de um amigo cristão de seu pai. Nesse período, o jovem Soros acompanhou esse homem, um colaboracionista, enquanto fazia inventários de propriedades de judeus pilhadas pelos nazistas.
Não há provas de que Soros tenha colaborado voluntariamente com o regime nazista, mesmo ele assumindo publicamente que ficava ao lado do tutor enquanto ele inventariava o roubo nazista de bens dos judeus húngaros.
George Soros é amplamente criticado por sua interferência em eleições e movimentos políticos globais. Além disso, seu apoio a movimentos que promovem a legalização das drogas e a reforma do sistema de justiça nos EUA é visto por críticos como prejudicial à segurança pública e à ordem pública. Justas ou não, as críticas fazem parte do debate público numa sociedade livre que Soros alega defender.
Soros também é acusado de manipular o debate público através da mídia. Recentemente, o megainvestidor adquiriu dezenas de estações de rádio nos Estados Unidos, gerando preocupações de que ele estaria tentando silenciar vozes conservadoras, um fato amplamente ignorado pelos principais veículos de comunicação.
Enquanto Musk é criticado por usar sua plataforma X para expressar opiniões políticas, Soros é usuário da mesma plataforma, assim como seus incontáveis prestadores de serviço, e utiliza suas fundações para moldar diretamente o cenário político global.
A tentativa de associar qualquer crítica a Soros ao antissemitismo ou ao conspiracionismo é uma tática autoritária e intelectualmente desonesta que impede um exame legítimo de suas ações políticas e desvaloriza o verdadeiro significado do termo, um desrespeito aos judeus que sofrem discriminação verdadeira.
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