Crusoé: Por que ainda existe o Colégio Eleitoral nos EUA
Sistema indireto blinda sistema de interferência externa e fortalece o sentimento do federalismo entre americanos
Sempre que existe a possibilidade de um candidato vencer no Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, mesmo sem ter a maioria dos votos, aumentam as críticas a essa instituição.
Em 2000, o republicano George W. Bush venceu no Colégio Eleitoral mesmo com menos votos que o democrata Al Gore.
Em 2016 foi a vez do republicano Donald Trump derrotar Hillary Clinton, apesar de ela ter tido uma vantagem de dois pontos nas urnas totais.
Nos últimos duzentos anos, mais de 700 propostas foram feitas para alterar o funcionamento do Colégio Eleitoral, que se reúne uma vez a cada quatro anos no prédio do Capitólio (foto). Não há outro tema que receba tantos pedidos de mudança na Constituição.
Mas há várias razões para que o Colégio Eleitoral resista.
Em primeiro lugar, é muito difícil propor uma emenda constitucional nos Estados Unidos. Para tanto, seria necessário ter o apoio de dois terços de ambas as casas. Ao final, três quartos dos 50 estados precisam ratificar a proposta.
Em um cenário polarizado e com apenas dois partidos, esses índices são muito difíceis de se obter. A última vez em que uma proposta vingou foi em 1992.
Vantagens do Colégio Eleitoral
Além da dificuldade de se alterar a Constituição americana, é preciso lembrar que o Colégio Eleitoral tem algumas qualidades.
Dada a importância que os Estados Unidos têm para o mundo, todos os países gostariam de influenciar as eleições americanas.
Nesta segunda, 4, agências de inteligência americanas divulgaram um comunicado conjunto afirmando que Rússia e o Irã estão tentando interferir no processo democrático, incluindo “atividades cibernéticas maliciosas“.
Mas, como cada um dos 50 estados tem o seu próprio sistema eleitoral, fica extremamente difícil para outro país hackear as eleições americanas e mudar o resultado a seu bel-prazer.
O Colégio Eleitoral também é uma forma…
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