Crusoé: Lula e Amorim querem dar segunda chance a Maduro
Em uma nova eleição, aventada pelo governo Lula, o ditador da Venezuela poderia realizar uma nova fraude, mais bem planejada, para evitar transtornos no futuro
O presidente Lula (à direita na foto) e o seu assessor especial Celso Amorim querem dar uma segunda chance para o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (à esquerda na foto).
De acordo com reportagem do jornal Valor publicada nesta terça, 13, Lula propôs em reunião ministerial da semana passada uma “espécie de segundo turno” na Venezuela.
Amorim confirmou a história para o Valor: “É como se fosse um segundo turno das eleições. Essa ideia não é nova, existe desde o início do problema“.
Oportunidade
Em uma eventual outra eleição, Maduro teria a oportunidade de realizar uma fraude mais caprichada, de forma a não ser questionado depois.
É esse o objetivo de Lula e Amorim.
A eleição do dia 28 provou-se um erro estratégico para Maduro.
Os eleitores votaram massivamente em urnas auditadas, que imprimiram atas com os resultados.
Essas atas, que hoje estão nas mãos de milhares de venezuelanos e em um site de internet, provam que o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não condiz com os números obtidos nas urnas. Quem venceu foi o candidato opositor Edmundo González Urrutia.
Vitória sem contestação?
Em uma possível outra eleição, Maduro poderia corrigir esses procedimentos, para evitar um transtorno parecido.
Maduro, então, poderia se declarar vitorioso sem ser contestado, enquanto Lula e Amorim livrariam a própria cara.
O apoio de Lula e Amorim ao ditador, mesmo diante de uma clara fraude eleitoral, tem gerado constrangimento dentro e fora do Brasil.
Uma “espécie de segundo turno“, então, seria a solução ideal para a dupla brasileira.
Mas Lula e Amorim não precisam tirar nenhuma solução da cartola.
Bastaria que eles…
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