O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto), tentou transmitir na Assembleia-Geral da ONU a ideia de que ele escolheu, de bom grado, abdicar de tentar a reeleição deste ano, para dar oportunidades às gerações mais novas.

“Nunca podemos nos esquecer quem nós estamos aqui para representar: ‘Nós, o povo’“, disse Biden, em referência ao texto inicial da Constituição americana, que inspirou a Carta da ONU.

“Eu fiz da preservação da democracia a causa principal da minha presidência. Neste verão, eu tive de decidir se tentaria ou não meu segundo mandato. Foi uma decisão difícil. Ser presidente foi a honra da minha vida. Havia muitas outras coisas que eu gostaria de fazer. Mas eu gosto do meu país tanto quanto eu gosto do meu trabalho. Decidi, apesar de 50 anos de serviço público, que é hora de deixar uma nova geração para liderar, levar minha nação adiante. Meus amigos, não vamos esquecer. Algumas coisas são mais importantes que se manter no poder, que é o povo“, disse Biden. “É o povo que importa mais. Não vamos nos esquecer: nós estamos aqui para servir ao povo, e não o contrário.”

O presidente, contudo, tentou se manter na corrida eleitoral enquanto pôde. Só não conseguiu porque foi enxotado pelo Partido Democrata, após um debate desastroso que evidenciou sua idade avançada.

Em uma carta aberta divulgada em julho, Biden usou o argumento da preservação da democracia para justificar a sua candidatura.

“Os eleitores do Partido Democrata votaram (nas primárias). Eles me escolheram para ser o indicado do partido. Agora nós vamos dizer que esse processo não importa? Que os eleitores não devem ser ouvidos? Eu me recuso a fazer isso. Eu sinto uma profunda obrigação com a fé e a confiança que os eleitores do Partido Democrata colocaram em mim para concorrer este ano. Foi a decisão deles“, escreveu Biden.

Siga a leitura em Crusoé. Assine e apoie o jornalismo independente.