Crusoé: Frei Chico? Não, é Lulinha que pode incendiar CPMI do INSS
Em depoimentos para a Polícia Federal, filho mais velho do presidente é citado como tendo negócios com o Careca do INSS
Quando teve início a CPMI do INSS, a expectativa da oposição era de atingir o presidente Lula com investigações sobre seu irmão Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos, o Sindinapi.
O Sindinapi movimentou 1,2 bilhão de reais em seis anos.
Mas Frei Chico, cujo nome é José Ferreira da Silva, não chegou a ser alvo de apurações da Polícia Federal (PF) e seu depoimento foi barrado após ação intensa de governistas como o petista Paulo Pimenta e Eliziane Gama, do PSD.
Todos os requerimentos de convocação de Frei Chico foram negados.
A tentativa de blindar o presidente Lula, contudo, não foi totalmente eficiente.
Isso porque estão surgindo suspeitas sobre o filho mais velho do presidente, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, aquele mesmo que o presidente já chamou de “o Ronaldinho dos negócios” e foi investigado porque sua empresa GameCorpo recebeu 100 milhões de reais da operadora Oi/Telemar (o caso foi arquivado pela Justiça Federal de São Paulo em 2022).
Uma reportagem no site Poder360 de 4 de dezembro apontou que a CPMI do INSS teria indícios de que Lulinha “manteve relação de proximidade e até uma sociedade empresarial com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido nos meios políticos como Careca do INSS“.
O site afirmou que Edson Claro, ex-funcionário do Careca do INSS, teria dito em depoimento para a Polícia Federal que Lulinha recebeu 25 milhões (não se sabe em qual moeda) e pagamentos mensais de 300 mil reais.
Além disso, Lulinha teria feito viagens com o Careca do INSS para Portugal.
O conteúdo do depoimento chegou ao ouvido de alguns parlamentares. Edson Claro afirma que tem sido pressionado pelo Careca do INSS.
Dias depois, o senador do Ceará Eduardo Girão fez um pronunciamento sobre o caso no plenário do Senado, em que falou sobre quais seriam esses negócios entre Lulinha e o Careca do INSS.
“Um desses projetos foi a World Cannabis, com o objetivo de vender produtos à base da maconha. Tudo denunciado pelo Edson Claro. Foi registrada outra empresa com o nome de Candango Consulting, lá em Portugal. Teria sido registrada, pertencente ao Careca e tendo o Lulinha como sócio oculto. Segundo ele, Lulinha teria recebido 25 milhões de reais do Careca do INSS. Edson Claro, em seu depoimento, apresentou documentos da participação de Ricardo Bimbo, dirigente nacional do PT e coordenador do setor de tecnologia da informação. Ele teria recebido 120 mil reais em sua conta pessoal e 8 milhões…
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