Crusoé: Celso Amorim na contramão dos interesses nacionais
Produção de canhões israelenses beneficiaria a indústria nacional, mas governo Lula está cego pela ideologia
As declarações do ministro da Defesa José Múcio Monteiro nesta terça, 8, escancaram a diplomacia ideológica petista que vai na contramão dos interesses nacionais, alinha-se com as piores ditaduras do mundo e tem um viés anti-Israel e antiamericano.
Não é pouca coisa.
Nas negociações para a aquisição de canhões autopropulsados (que ficam em cima de um caminhão blindado) de Israel, a economia brasileira seria beneficiada com a produção local do equipamento. A compra, contudo, foi embargada.
“Na licitação, estava prevista transferência tecnológica e a possibilidade de construção futura de um canhão autopropulsado de 150 milímetros sob rodas ATMOS de Israel. É um equipamento de excelência, de grande qualidade, mas que nós estamos barrados por questões ideológicas“, diz o historiador Ricardo Cabral, do site História Militar em Debate.
“Acredito que essa questão não chega muito no Ministério de Relações Exteriores. O ministro Mauro Vieira não intervém nessas coisas. Essas interferências no Ministério da Defesa vêm diretamente do assessor de Presidência Celso Amorim (na foto, com Lula), que tem outra missão. A missão dele é divulgar a diplomacia presidencial que não está alinhada com os interesses do Brasil, e nem com a segurança nacional“, diz Cabral. “Eles não estão vendo as possibilidades econômicas que poderiam vir desse negócio, e nós já temos muitas parcerias com Israel“, diz Cabral.
Venda de munições para a Alemanha
Outra interferência de Amorim, citada por José Múcio Monteiro, foi impedir que o Brasil vendesse munição sem uso para a Alemanha, por temor de que seria usada pela Ucrânia na guerra contra a invasão russa.
O Brasil, assim, negou-se a ajudar um país que foi invadido, em flagrante desrepeito à Carta da ONU.
O alinhamento de Amorim é com o ditador russo Vladimir Putin. O assessor chegou até a participar de uma reunião do Conselho de Segurança Russo, em São Petersburgo, em abril.
Diplomacia antiocidental
“O controle da diplomacia brasileira por um personagem notoriamente sectário e alinhado, não aos interesses nacionais brasileiros, mas às posturas antiocidentais da ala mais ignorante do PT, vai causar um mal irremediável à credibilidade internacional do Brasil por tornar a política externa do país caudatária do extremismo antiocidental de ditaduras execráveis“, diz o embaixador Paulo Roberto de Almeida.
Salta à vista ainda a afirmação de José Múcio Monteiro equivalendo judeus a israelenses.
“Houve agora uma concorrência, uma licitação… Venceram os judeus, o povo de Israel, mas, por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos… Nós estamos com essa licitação pronta, mas, por questões ideológicas, nós não podemos aprovar”, disse o ministro.
Acontece que a população israelense não é composta unicamente por judeus. Cerca de 20% são árabes, e também há drusos e cristãos.
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