Bolsopetismo: da “facada fake” ao “tombo mandrake”, a cretinice impera
Enquanto a sociedade gostar mais disso do que de si mesma, serão cadeirada, soco, facada, mensalão, cloroquina e rachadinha o futuro do país
A cretinice dos extremos petista e bolsonarista, ambos com suas variantes e deformações à esquerda e direita, de Pablo Marçal ao PCO – Partido da Causa Operária, não apenas apodrece ainda mais o já putrefato ambiente político do Brasil como atua, costumeiramente, de modo semelhante e, não raro, exatamente igual.
Não foi uma nem foram duas, as vezes em que lulopetistas e afins duvidaram da facada sofrida pelo então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, durante a campanha presidencial nas eleições de 2018. Até hoje, inclusive, temos comentários maldosos a respeito, colocando em dúvida o crime.
O próprio Lula, então presidiário na Polícia Federal de Curitiba, em entrevista em 2019, declarou: “Aquela facada pra mim tem uma coisa muito estranha. Uma facada que não aparece sangue. Uma facada que o cara é protegido pelo segurança do Bolsonaro. A faca que não aparece em nenhum momento”.
Mas o povo gosta
Não é novidade o tombo sofrido pelo presidente da República no sábado passado, dia 19 de outubro. Lula caiu no banheiro enquanto cortava as unhas do pé. Bateu a cabeça em uma quina, o que ocasionou grande hemorragia e traumatismo craniano. Um evento bastante sério para um senhor de quase 80 anos.
Assim que a notícia se espalhou, nas redes sociais começaram as manifestações bolsonaristas desejando a morte do petista. Nada diferente, portanto, do que fizeram os próprios petistas, à época do atentado contra a vida do “mito”. Como eu disse, o modus operandi cretino é quase sempre o mesmo.
Hoje, domingo, 27, foi a vez do próprio Jair Bolsonaro emular o chefão do PT e duvidar da queda de Lula: “Por que que o Lula não foi lá no Brics? Quando aconteceu eu botei na minha rede de ‘zap’ que era, no meu entendimento, um acidente Mandrake para não se encontrar com o Maduro”, declarou o amigão do Queiroz.
Eis os dois principais líderes políticos do Brasil. O terceiro, em tese, ainda que incipiente, mas já bastante buliçoso, Pablo Marçal é ainda pior. É a versão mais agressiva e sem pudor do bolsopetismo. Enquanto nossa sociedade gostar mais dessa gente do que de si mesma, serão cadeirada, soco, facada, mensalão, petrolão, cloroquina, rachadinha e contrabando de joias o futuro do Brasil.
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