À direita e à esquerda, o mundo nas mãos dos piores
Lula, Trump, Putin, Macron, Erdogan, Yoon Suk Yeol, Xi Jinping, Netanyahu. Caramba! Que enrascada se meteu o planeta
Desde o início de dezembro – e até o começo de março – tenho de dividir minha vida e meu tempo entre os Estados Unidos, onde me encontro estudando, e o Brasil, onde resido e trabalho normalmente, ainda que de forma 100% remota.
Confesso que não tem sido tarefa fácil, e não por qualquer dificuldade com o fuso horário, compromissos, clima etc., mas, sim, por ter de conviver diariamente com as barbaridades que diz Donald Trump, presidente eleito pela segunda vez.
O sujeito é uma verdadeira usina de maledicências, mentiras e absurdos que chegam a parecer, literalmente, “coisa de doido”. Nos últimos dias, então, parece que ligaram o cara no 220 e lhe disseram: “go further” (vá com tudo).
Barbaridades
Trump chamou o primeiro-ministro demissionário do Canadá, Justin Trudeau, de governador e, em seguida, falou em anexar o país vizinho e transformá-lo no 51º estado americano. Depois, ameaçou tomar à força a Groenlândia e o Canal do Panamá.
Mas não só: ligou os imigrantes ilegais aos terroristas de Las Vegas e New Orleans, uma besteira, pois ambos são – ou melhor eram, porque morreram – americanos. E agora, diante da tragédia dos incêndios em Los Angeles, falou em falta d’água por causa de peixes.
Sim. Depois da história dos imigrantes que comeriam animais domésticos em Springfield, agora acusou o governador democrata da Califórnia, Gavin Newson, de desviar água para salvar uma espécie rara de peixe em extinção, agravando as queimadas.
Já no Brasil
Mas como “nada está tão ruim que não possa piorar”, como eu disse, dividindo meu tempo entre EUA e Brasil, e trabalhando normalmente, também sou obrigado a conviver com as falas – e atos – de um certo Luiz Inácio Lula da Silva, também novamente eleito presidente.
E a sequência não tem deixado a desejar, não. Após as batatadas sobre câmbio e juros, e os ataques contra o Banco Central que ajudaram a explodir a Selic e mandar o dólar para Urano, o chefão do PT voltou à baila com mais fanfarronices.
Em eventos recentes, fez piada com o ministro Alexandre de Morais, agora oficialmente Xandão, voltou a mentir sobre o impeachment de Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento, afirmando ter sido um golpe, e resolveu não mais se comparar a Deus. Explico.
Sem saída
O “cara” do Obama, que um dia deixou de ser humano para se tornar uma “ideia”, aquele que refundou tudo o que existe de bom no Brasil – “nunca antes na história deff paíff” -, o Rei Sol Tupiniquim, agora, é a própria reencarnação da democracia, assassinada pelos fascistas.
Mas o “democrata”, porém, continua chancelando o golpe na Venezuela e, pior, fingindo não ver o que tem feito seu amigo ditador, Nicolás Maduro – de distribuição de fuzis a milicianos ao sequestro da opositora María Corina, passando por pagamento de recompensa por Edmundo Gonzáles.
Daí, desvio o olhar para a Europa e o Oriente Médio e vejo Putin, Macron, Erdogan… Sigo à leste e vejo o sul coreano golpista Yoon Suk Yeol e o autocrata chinês Xi Jinping. Desanimado, volto um pouquinho e chego a Benjamin Netanyahu, em Israel. Caramba! Que enrascada se meteu o planeta.
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