Metrô pede R$ 7 milhões a sindicato por greve
O Metrô de São Paulo entrou com uma ação na Justiça exigindo o pagamento de R$ 7,1 milhões pelos prejuízos financeiros decorrentes da paralisação do último dia 3, além de uma indenização por danos morais relacionados à imagem da empresa...
O Metrô de São Paulo entrou com uma ação na Justiça exigindo o pagamento de R$ 7,1 milhões pelos prejuízos financeiros decorrentes da paralisação do último dia 3, além de uma indenização por danos morais relacionados à imagem da empresa.
O valor de R$ 7.129.589,31 foi calculado pela Gerência de Planejamento Financeiro da companhia.
Em relação à indenização por danos morais, o Metrô solicita que seja feito um cálculo pelo próprio tribunal. A justificativa é o suposto impacto negativo causado pela greve na imagem da empresa e na confiança da população em relação aos serviços oferecidos.
A 3ª Vara de Fazenda Pública da capital concedeu um prazo de 30 dias para que o sindicato dos metroviários apresente sua defesa.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o Metrô argumenta que a greve foi ilegal por dois motivos. A companhia alega que os metroviários descumpriram a decisão judicial que determinava um efetivo mínimo de 100% nos horários de pico. Além disso, a empresa afirma que a paralisação tinha motivações políticas e reivindicações que não poderiam ser atendidas pela companhia.
Essa exigência de ressarcimento se soma à multa de R$ 2 milhões aplicada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) devido ao descumprimento de decisão judicial. Os metroviários contestam essa determinação, dizendo que ela viola o direito de greve.
A greve foi realizada em conjunto com funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) como forma de protesto contra o plano de privatizações proposto pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nesta terça-feira (17), o governo estadual apresentou um projeto de lei para privatizar a Sabesp. Na CPTM, há estudos em andamento para conceder todas as linhas atualmente administradas pelo poder público. No Metrô, já existem licitações em curso para privatizar alguns serviços e a concessão de todas as linhas é uma possibilidade discutida nos bastidores, segundo o jornal paulista.
A presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, afirmou que a entidade ainda não foi notificada sobre a ação judicial e que soube do processo através da imprensa. Ela considera o pedido do Metrô um “ato antissindical” que viola o direito democrático de greve.
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