Base e oposição travam embate final na CPMI do 8 de janeiro Base e oposição travam embate final na CPMI do 8 de janeiro
O Antagonista

Base e oposição travam embate final na CPMI do 8 de janeiro

avatar
Wesley Oliveira
4 minutos de leitura 17.10.2023 07:58 comentários
Brasil

Base e oposição travam embate final na CPMI do 8 de janeiro

Marcada desde o início por disputas entre parlamentares da base e da oposição, a CPMI do 8 de janeiro terá nesta terça-feira (17) um novo embate sobre o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA)...

avatar
Wesley Oliveira
4 minutos de leitura 17.10.2023 07:58 comentários 0
Base e oposição travam embate final na CPMI do 8 de janeiro
Geraldo Magela/Agência Senado

Marcada desde o início por disputas entre parlamentares da base e da oposição, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro terá nesta terça-feira (17) um novo embate sobre o texto do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Ao longo dos últimos quatro meses, senadores e deputados divergiram diversas vezes sobre a condução dos trabalhos e acusações mútuas de blindagens e perseguições a determinado grupo político.

Além das provas colhidas por meio das quebras de sigilo de diversos investigados, o relatório da senadora será embasado nos 20 depoimentos que foram feitos pela CPMI. Na lista, nomes que estiveram no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), como o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e militares como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Os governistas, que são maioria dentro da CPMI, conseguiram ao longo dos meses barrar depoimentos de diversos integrantes do Palácio do Planalto, entre eles o ministro da Justiça, Flávio Dino, e nomes da Força Nacional. Apenas o general Gonçalves Dias, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e foi demitido após o 8 de janeiro, figura entre os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que foram ouvidos pela CPMI.

Por outro lado, a oposição, por meio do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), acabou conseguindo travar depoimentos como o de Bolsonaro e do general Walter Braga Netto, que comandou o ministério da Defesa do ex-presidente.

A expectativa é de que a relatora faça o pedido de indiciamento de Bolsonaro por diversos crimes, entre eles tentativa de abolição do estado democrático de direito, tentativa de depor governo legitimamente constituído, peculato, uso de documento falso e corrupção de menores. Além disso, outros nomes do governo do ex-presidente como de Silvinei Vasques e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres também são dados como certos no relatório final de Eliziane.

O governo prepara uma tropa de choque para a última semana da CPMI, com a presença de todos os deputados e senadores da base governista na sessão de leitura do relatório desta terça e na votação do texto, marcada para esta quarta-feira (18). “A apresentação do relatório final da CPMI vai sacramentar de vez e botar pá de cal na teoria terraplanista que tentava responsabilizar governo, Congresso e Supremo pelos atos“, defendeu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Mesmo com a maioria governista, o presidente da CPMI já separou uma hora da comissão para que a oposição apresente um relatório “paralelo” e contrário ao da senadora Eliziane Gama. Apesar de não ter chances de ser aprovado, a oposição acredita que esse momento vai servir para desacreditar os argumentos da relatora.

Organizado pelo deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, organiza junto a outros parlamentares esse segundo relatório e que deve pedir o indiciamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O argumento da oposição é de que o governo Lula tinha conhecimento dos alertas sobre os manifestantes e foi omisso.

Com a aprovação do relatório final, a investigação feita pela CPMI deve ser encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR). São estes os órgãos responsáveis por decidir sobre prosseguir a apuração dos fatos apresentados ou arquivar a apuração.

 

 

Mundo

Selena Gomez chega em Cannes para divulgação de seu novo filme

18.05.2024 16:54 3 minutos de leitura
Visualizar

Piranhas amarelas invadem o Guaíba no RS

Visualizar

Eliana já tem data de última gravação no SBT

Visualizar

Brasileirão paralisado e São Paulo com longo período de treino com Zubeldía

Visualizar

Serginho Chulapa realiza cirurgia após infarto

Visualizar

Três homens morrem em dois acidentes na BR

Visualizar

Tags relacionadas

Arthur Maia CPMI atos de 8 de janeiro
< Notícia Anterior

Suspeito de atentado na Bélgica morre após ser baleado pela polícia

17.10.2023 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Mercados atentos a balanços nos EUA e inflação por aqui

17.10.2023 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Wesley Oliveira

Suas redes

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Piranhas amarelas invadem o Guaíba no RS

Piranhas amarelas invadem o Guaíba no RS

18.05.2024 16:34 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Eliana já tem data de última gravação no SBT

Eliana já tem data de última gravação no SBT

18.05.2024 16:34 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Três homens morrem em dois acidentes na BR

Três homens morrem em dois acidentes na BR

18.05.2024 16:11 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
CFM prepara recurso contra decisão de Moraes sobre aborto

CFM prepara recurso contra decisão de Moraes sobre aborto

18.05.2024 15:45 2 minutos de leitura
Visualizar notícia

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.