Os “amigos terroristas” da ONU e os "professores do ódio" em Gaza Os “amigos terroristas” da ONU e os "professores do ódio" em Gaza
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Os “amigos terroristas” da ONU e os “professores do ódio” em Gaza

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Felipe Moura Brasil
7 minutos de leitura 16.10.2023 17:15 comentários
Opinião

Os “amigos terroristas” da ONU e os “professores do ódio” em Gaza

Israel ironizou na rede social X, antigo Twitter, a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), após a exclusão da notícia de que o Hamas roubou combustível e equipamentos médicos de suas instalações na Cidade de Gaza: “Espere...

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Os “amigos terroristas” da ONU e os “professores do ódio” em Gaza
Reprodução/Youtube

Israel ironizou na rede social X, antigo Twitter, a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), após a exclusão da notícia de que o Hamas roubou combustível e equipamentos médicos de suas instalações na Cidade de Gaza:

“Espere, UNRWA: o Hamas também invadiu sua conta no Twitter? Ou você está apenas com medo de decepcionar seus amigos terroristas?”

As Forças de Defesa de Israel também publicaram o print original da notícia apagada pela agência e acrescentaram que “a quantidade de combustível roubado é suficiente para abastecer as instalações de dessalinização de água de Gaza durante seis dias”.

O Hamas não se preocupa com o povo de Gaza. Isto permanece verdade mesmo que a UNRWA apague os seus tweets”, completaram as FDI.

Em 2009, como mostramos na Crusoé, a agência admitiu o roubo de equipamentos pelo Hamas. Agora, duas horas após as reações israelenses, a UNRWA publicou um “esclarecimento urgente”:

“Em relação a relatos nas mídias sociais sobre saques a um armazém da UNRWA, a agência gostaria de confirmar que não ocorreu nenhum saque em nenhum dos seus armazéns na Faixa de Gaza. As imagens que circularam nas redes sociais eram de uma movimentação de suprimentos médicos básicos do armazém da UNRWA para parceiros de saúde.”

Usuários do X ironizaram o tratamento de “relatos nas mídias sociais” à postagem anterior da própria agência e questionaram se os autores estavam sob a mira de terroristas.

O massacre de 7 de outubro reacendeu as antigas críticas judaicas à complacência da agência da ONU com o Hamas, em razão do uso de suas escolas em Gaza para incitação ao ódio contra Israel e judeus, e para esconder armas do grupo.

O advogado canadense Hillel Neuer, diretor da ONG de direitos humanos UN Watch, que vigia a ONU “com base nos critérios de sua própria Carta”, voltou a contestar no dia 13 uma declaração de 2018 de Marc-Andre Blanchard, então embaixador do Canadá na entidade.

Blanchard havia afirmado que “é essencial para a paz e a segurança no Oriente Médio” que “mais de 500.000 refugiados palestinos” recebam “educação da UNRWA”.

“Você ainda tem certeza de que a UNRWA está educando para ‘paz e segurança’?”, questionou Neuer, agora à luz do assassinato de 1.300 israelenses e do sequestro de outras 199 pessoas. “Dos 2.500 terroristas do Hamas que acabaram de invadir Israel e massacrar famílias, quais deles não foram educados pela UNRWA?”

O histórico
Em 2018, Neuer se dissera “alarmado” com o “elogio” feito por seu compatriota, “diante das provas apresentadas no seu Parlamento sobre o incitamento sistêmico ao antissemitismo e ao terrorismo jihadista por parte dos professores da UNRWA”. “Exorto o Senhor a condenar este ódio, documentado aqui”, conclamou o diretor da ONG, criticando o financiamento do Canadá às escolas da ONU para palestinos e apontando um dos vários relatórios produzidos ao longo dos anos sobre as declarações desses professores em sala de aula e nas redes sociais.

Essas escolas “empregam conscientemente expoentes do racismo e do terrorismo”, que “glorificam Hitler e incitam o assassinato de judeus”, comentara Neuer. “No caso de seus alunos, o Canadá remove da sala de aula professores que defendem o ódio e ainda processa alguns. As crianças palestinas não merecem menos proteção”, completara ele.

Os exemplos
No último dia 12 de outubro, cinco dias após o massacre, Neuer afirmou que o secretário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, havia recusado, em julho, uma reunião sobre os professores que pregam o assassinato de judeus.

“O incitamento é generalizado e sistemático entre os 30.000 funcionários. Ele [Lazzarini] se recusou a nos encontrar. Acabamos de verificar as redes sociais e todos estão aplaudindo o massacre”, escreveu Neuer, conclamando os países financiadores da UNRWA a fazerem com que a agência “demita os 133 professores do ódio“.

“Conheça a diretora da UNRWA, Iman Hassan. Ela glorifica o assassinato de bebês pelo Hamas como uma ‘retribuição de injustiças’ e curtiu o ‘queima, queima, queima’ publicado por sua amiga.

Conheça o professor Mohammed Adwan, da UNRWA. Ele defende o massacre cometido pelo Hamas: ‘O que fazemos é resistir, recuperar os nossos direitos…’ Ele elogiou o terrorista Jamal Abu Samhadana, que assassinou Tali Hatuel e as suas 4 filhas, como uma ‘lenda da resistência’.

Conheça a conselheira escolar da UNRWA, Niveen Afana. No dia do massacre, ela rezou pelos assassinos: ‘Ó Allah, tenha piedade dos nossos mártires, firme os nossos mujahideen, conceda a eles a vitória sobre os incrédulos e um bom final.’

Conheça o professor, Osama Ahmad, da UNRWA. Na manhã de domingo, enquanto os terroristas do Hamas invadiam cidades israelenses e massacravam famílias, transmitindo orgulhosamente ao vivo suas atrocidades, ele celebrava: ‘Alá é o maior… Acima da imaginação.’

Conheça o pediatra da UNRWA, Bashir Khamis Ghannam. Logo após o massacre do Hamas, ele compartilhou uma postagem elogiando os assassinos de bebês como ‘mártires da nação islâmica e árabe, que foram martirizados na defesa de sua pátria e nação’.

Conheça Amer Yaser Nazmi Sada, um dos terroristas do Hamas no massacre de famílias israelenses no sábado. Seu diploma universitário foi encontrado em um veículo. A UNRWA o treinou – em metalurgia.”

Antes de relembrar outros 12 exemplos do corpo decente da agência, Neuer marcou o atual secretário-geral da ONU, o português António Guterres, e perguntou: “Quantos dos 2.500 assassinos foram treinados pela UNRWA?”

Guterres se alinhou, no dia 13, aos porta-vozes do Hamas, afirmando que mover mais de um milhão de pessoas do norte para o sul de Gaza, como orientou Israel a fim de distanciar os civis dos terroristas, “é extremamente perigoso e, em alguns casos, simplesmente impossível”.

As armas de guerra
Em julho de 2014, mais de 20 foguetes foram encontrados em duas escolas administradas pela ONU em Gaza. O então secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, expressou “indignação e pesar” diante dos fatos e pediu que os “grupos militantes”, na verdade terroristas, parassem com essas ações.

“Ao fazer isso, os responsáveis ​​estão transformando as escolas em potenciais alvos militares, e pondo em perigo as vidas de crianças inocentes, funcionários da ONU que trabalham em tais instalações, e qualquer um que usa as escolas da ONU como abrigo.”

Como escreveu o colunista Denis Lerrer Rosenfield na época, “os episódios protagonizados pela ONU, em Gaza, deveriam escandalizar qualquer pessoa sensata”.

“Em duas escolas da ONU foram encontrados foguetes, lá depositados pelos grupos jihadhistas. Supõe-se que lá não chegaram caminhando sozinhos, mas contaram com uma explícita colaboração de funcionários da própria organização internacional. Trata-se de uma clara violação da lei internacional.

A ONU, curiosamente, não quis fornecer as fotos desses foguetes, pois elas teriam forte impacto midiático, mostrando o pouco caso do Hamas com as crianças e mulheres que diz, para a imprensa internacional, defender. Ou seja, a organização fez o jogo do terror, pretendendo, porém, apresentar-se como neutra.”

Tudo igual
Eu, Felipe, tratei do assunto em uma série de colunas de 2014, linkadas abaixo.

Em uma delas, destaquei as críticas feitas ao vivo pelo então embaixador de Israel nos Estados Unidos, Ron Dermer, à cobertura da CNN americana pelo “desserviço aos espectadores” ao omitir a referida nota do secretário-geral da ONU.

Em outra, detalhei a sessão da ONU em que Hillel Neuer rebateu a alta comissária para direitos humanos da entidade, Navi Pillay, e representantes de ditaduras como Irã e Venezuela, criticando todos aqueles que se calam diante das atrocidades de outros países, inclusive contra os palestinos, mas não perdem a chance de condenar o Estado judeu pelas reações aos ataques do Hamas:

“Vocês não são pró-direitos humanos, vocês são apenas anti-Israel.”

De lá para cá, pouca coisa mudou.

Para sair por cima depois de exterminar judeus, os terroristas continuam contando com amigos e/ou simpatizantes na ONU, na imprensa, nas tiranias e no restante da esquerda internacional.

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