José Nêumanne na Crusoé: O apelo vazio de Lula à ONU impotente
Em sua coluna semanal na Crusoé, José Nêumanne fala sobre a menina do presidente Lula tratar a guerra no Oriente Médio que se originou de um ataque terrorista do Hamas, no sábado (7). De acordo com Nêumanne, a ONU não exerce poder algum sobre os países que criam guerras, e foi à ONU que Lula fez o apelo: "lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio"...
Em sua coluna semanal na Crusoé, José Nêumanne fala sobre a menina do presidente Lula tratar a guerra no Oriente Médio que se originou de um ataque terrorista do Hamas, no sábado (7). De acordo com Nêumanne, a ONU não exerce poder algum sobre os países que criam guerras, e foi à ONU que Lula fez o apelo: “lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”.
“Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”, manifestou-se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do leito onde se recupera de uma cirurgia no quadril. E prosseguiu: “Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”, prosseguiu.
Nenhum ser humano ajuizado, sensato e cordato discordaria com esse apelo do chefe do Executivo do Brasil, que neste momento grave da História da humanidade ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Não há uma frase ou uma palavra que possa ser rechaçada como indigna da justa causa que a ideia abraça. No entanto, uma simples parada com a mão no queixo para pensar como o fez o modelo do filósofo de pedra de Rodin permitirá algumas observações de calma, espera aí ou não é bem assim. Embora a situação humana dos pequenos sequestrados pelo terrorismo infame, imperdoável e nojento do Hamas e das vítimas miúdas dos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza permitam um reproche mais duro.
A primeira diz respeito ao destinatário do apelo. Criada em plena Guerra Fria travada logo depois da paz negociada entre vencedores e vencidos da Segunda Guerra Mundial, a ONU não exerce poder algum sobre os países que a criaram, é absolutamente nulo: zero.
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