A Polícia Militar do Rio de Janeiro está realizando mais um dia da Operação Maré, que teve início nesta segunda-feira (9). Neste quarto dia de operação, agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estão atuando desde cedo na Vila dos Pinheiros e na Salsa e Merengue, além da comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, Zona Oeste.

Até o momento, não há informações sobre prisões, apreensões ou feridos. Nas redes sociais, moradores relataram tiroteios.

Além dessas comunidades, a corporação também está atuando nas áreas de Covanca, Caixa D’água e Bateau Mouche. A página “Maré Vive” fez um alerta aos moradores para terem cuidado ao sair e chegar em casa nesta manhã.

No primeiro dia da operação, nove pessoas foram presas, entre elas um policial militar. Além disso, dois helicópteros foram atingidos por tiros na Vila Cruzeiro.

No mês passado, a polícia descobriu um centro de treinamento do tráfico após uma investigação que durou dois anos. Imagens feitas com drones mostraram a movimentação em uma área que poderia ser utilizada para lazer dos moradores da Maré.

Instrutores foram flagrados ensinando homens armados com fuzis, utilizando práticas semelhantes às das forças de segurança. O local do treinamento conta com uma quadra e uma piscina.

A descoberta do centro de treinamento levou o governo federal a oferecer o apoio da Força Nacional, que ficará nos arredores do complexo controlado por três grupos criminosos.

A Maré se tornou um abrigo para traficantes de outras favelas, inclusive chefes de quadrilhas de outros estados foram presos no complexo, onde está instalado um batalhão da PM. Além do tráfico de drogas, as quadrilhas que dominam a região também estão envolvidas em roubos de veículos. Em uma operação realizada pelas polícias Civil e Militar em julho, 25 carros roubados foram apreendidos, incluindo um Porsche avaliado em R$ 479 mil. Um dos veículos utilizava uma placa com o nome de uma facção criminosa.