Josias Teófilo na Crusoé: O cinema e as culturas nacionais tradicionais
Em sua coluna desta semana da Crusoé, Josias Teófilo traz uma análise sobre cineastas contemporâneos que em seus filmes fazem referências a filmes do renomado cineasta russo Andrei Tarkóvski. Para Teófilo, “eles tentam reproduzir elementos do cinema de Tarkóvski retirando-os do universo cultural que o originou"...
Em sua coluna desta semana da Crusoé, Josias Teófilo traz uma análise sobre cineastas contemporâneos que em seus filmes fazem referências a filmes do renomado cineasta russo Andrei Tarkóvski. Para Teófilo, “eles tentam reproduzir elementos do cinema de Tarkóvski retirando-os do universo cultural que o originou“.
Os filmes de Andrei Tarkóvski estão entre os mais influentes do cinema atualmente. Lars von Trier dedicou Melancolia a Tarkóvski depois de tê-lo como referência em vários outros dos seus filmes. O filme O Regresso, de Alejandro Iñarritu, vencedor de três Oscar, tem nada menos que 17 cenas com alusões diretas a filmes do cineasta russo. Até Oppenheimer, um filme eminentemente comercial, faz referência a uma cena do filme O Espelho, de Tarkóvski.
O problema é que todos esses cineastas, de contextos culturais distintos, tentam reproduzir elementos do cinema de Tarkóvski retirando-os do universo cultural que o originou. É como tentar plantar uma araucária, árvore própria das regiões frias, no Nordeste. Ou um cacto na Serra Gaúcha. O melhor aprendizado que eles poderiam retirar da obra de Tarkóvski é como ela se relaciona com a tradição russa. Uma árvore não nasce sem o solo adequado e sem as condições adequadas do clima.
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