A pedido de Lula, estrategistas vinculados do PT foram à Argentina reforçar a equipe do ministro da Economia e candidato à Presidência, Sergio Massa (à direita na foto), e conter o avanço de Javier Milei, diz O Globo.

A notícia vem no dia seguinte à guerra de versões entre Estadão e governo, analisada no Papo Antagonista, sobre a atuação e a motivação de Lula no caso do empréstimo de 1 bilhão de dólares à Argentina.

Segundo o jornal, os estrategistas petistas foram a Buenos Aires dar “mais emoção” à campanha de Massa, candidato do presidente Alberto Fernández, e “ajudar os argentinos a entenderem como funciona o universo digital da extrema-direita, em base ao que aprenderam nas campanhas contra Jair Bolsonaro”.

Entre os enviados de Lula está a professora de Relações Internacionais da USP e coautora do livro The Bolsonaro Paradox (O paradoxo de Bolsonaro), Esther Solano.

Diz o jornal: “Segundo contou um desses estrategistas, o candidato peronista levou um baita susto nas primárias e quando os enviados do PT chegaram a Buenos Aires o clima era de forte pessimismo. Massa soube que teria um reforço do PT em sua campanha quando conversou com Lula em Brasília, no final de junho, e em Foz de Iguaçu, na cúpula de presidentes do Mercosul. O presidente brasileiro ofereceu ajuda ao candidato da Casa Rosada, e assegurou que o socorro brasileiro chegaria rapidamente ao país vizinho”.

Um artigo da jornalista Vera Rosa publicado no Estadão afirma que o Lula pediu para que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, votasse para autorizar um empréstimo de 1 bilhão de dólares do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para a Argentina. No mesmo dia, Tebet negou que tenha recebido uma ligação de Lula com esse teor. “Lula não me ligou. Despachei com minha secretária encarregada, que disse que os demais países votariam a favor”.

Lula também negou que tenha interferido no empréstimo do CAF à Argentina.

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