Os funcionários do Metrô de São Paulo decidem nesta quinta-feira (5) se e quando voltarão a paralisar as operações na próxima semana. “A diretoria do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, frente ao impasse causado pela última votação, em que nenhuma das três posições postas em votação foi aprovada pela maioria dos votantes, encaminha nova Assembleia Geral Extraordinária”, informa nota publicada no site do sindicato.

Na pauta estão a retomada da “greve na semana que vem pela retirada dos pregões de terceirização do Atendimento, da Manutenção do Material Rodante do POT e Instrutoria” e a pergunta “em caso de aprovação, em qual data realizar a greve?”. Eles também vão decidir se voltam a usar os coletes grevistas.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) protestou na última terça-feira, dia de paralisação no transporte sobre trilhos do estado e de funcionários da Sabesp, contra uma greve que classificou como política. Os discursos dos grevistas, que envolveram até o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB), na questão, endossam essa perspectiva.

Nas próximas eleições municipais, o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) deve desafiar a tentativa de reeleição de Nunes. O partido de Boulos tem relações umbilicais com os sindicatos, assim como o PCdoB, que anunciou apoio a sua pré-candidatura nesta semana. O deputado socialista também já recebeu o apoio formal do PT para a empreitada do próximo ano.

Investigação

Para além das suspeitas de politização da paralisação, uma falha na linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) levou a Polícia Civil de São Paulo a abrir uma investigação sobre uma possível sabotagem.

Gerida pela empresa Viamobilidade, a linha, que foi uma das únicas a não parar naquele dia, apresentou problemas na última terça, em meio à greve de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp contra projetos de privatização do governo paulista.