Caso Marielle: Dodge diz que indícios contra Brazão são antigos
A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge (foto), que estava à frente do Ministério Público Federal quando a vereadora Marielle Franco...
A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge (foto), que estava à frente do Ministério Público Federal quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada em 2018, afirmou que as novas suspeitas contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão não a surpreenderam.
Em entrevista publicada nesta segunda-feira (2) por O Globo, ela disse que os indícios contra Brazão são antigos.
“Naquela época já havia indícios de que ele [Brazão] participara do crime em si. E eu suspeito que agora é o que está voltando ao STJ”, afirmou a ex-PGR.
No domingo (1º), o jornal revelou que Brazão voltou à mira dos investigadores após a delação premiada de Élcio Queiroz, ex-PM que confessou ter dirigido o carro utilizado no ataque.
O conselheiro do TCE-RJ negou envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Em março, a Justiça do Rio rejeitou denúncia contra o ex-deputado estadual pelo crime de obstrução de Justiça na investigação.
Na entrevista, Dodge também defendeu a federalização do caso.
“Quando estive à frente da PGR, tomei duas providências em relação ao caso Marielle: uma em decorrência de competência por prerrogativa de função, no caso do conselheiro do TCE, e outra em razão da federalização, por meio do incidente de deslocamento de competência. Na ocasião, a minha compreensão era a de que o sistema de Justiça do Rio de Janeiro não estava conseguindo processar e julgar o caso e, por isso, a federalização, ou seja, a ida para a Justiça Federal, era o melhor caminho”, afirmou.
“Minha avaliação segue a argumentação que defendi no incidente de deslocamento de competência perante o STJ. Esse caso deveria ter sido federalizado quanto antes. A federalização era a melhor saída para esse caso e a evidência era muito simples. Toda às vezes que comissionamos à Polícia Federal para atuar, o caso avançou”, acrescentou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)