Dino volta a se defender de críticas sobre segurança pública
Pressionado por uma ala do PT que articula o desmembramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (foto) voltou a defender a política de segurança desenvolvida em sua gestão...
Pressionado por uma ala do PT que articula o desmembramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (foto) voltou a defender a política de segurança desenvolvida em sua gestão.
No X, antigo Twitter, o ministro rebateu a tese de que falta um “plano nacional” para a segurança pública e disse que chamar o trabalho realizado de “sopa de letrinhas” desrespeita os profissionais dedicados ao tema.
Dino também afirmou que é preciso fazer um acompanhamento mais profundo e atento sobre as três esferas da federação que atuam na segurança para “qualificar as críticas” e defendeu um equilíbrio entre as ações de inteligência e o uso da força.
Flávio Dino e o governo federal têm sido criticados em razão da escalada da violência na Bahia. O estado, governado há 17 anos pelo PT, registrou cerca de 70 mortes em operações policiais apenas em setembro.
Leia abaixo a íntegra do texto de Flávio Dino.
Nem só “inteligência”, nem só “força”
Um dos argumentos mais repetidos nos últimos dias, de intenso debate sobre a Segurança Pública, é que falta um “plano nacional”, pois não bastam “ações paliativas ou pontuais”. Agradeço muito tal sugestão, embora repetida há algumas décadas.
Contudo, como já mencionei várias vezes, existe sim uma Política Nacional de Segurança Pública aprovada por Lei, que está sendo executada com planos, programas e ações articuladas, sem descuidar das imprescindíveis ações emergenciais. Chamar esse esforço de “sopa de letrinhas”, além de ser panfletário, desrespeita dezenas de profissionais que estão se dedicando ao tema com seriedade e responsabilidade.
Precisamos muito que haja um acompanhamento mais profundo e atento sobre as TRÊS ESFERAS da Federação que atuam na Segurança, inclusive para qualificar as críticas, a fim de efetivamente nos ajudar em tão difícil missão. Por exemplo, é equivocado o argumento de que o controle responsável sobre armas está sendo executado lentamente. Qualquer crítico cuidadoso olharia os números e leria os sucessivos decretos editados em poucos meses, antes de escrever um texto sério sobre o assunto.
Estamos sempre prontos ao diálogo. Por isso mesmo, sustento uma premissa: inteligência em segurança pública não é uma espécie de “pedra filosofal”, que exclui a necessidade de uso comedido e proporcional da força. Nem a força é uma “pedra filosofal” que implique dar tiros a esmo, sem inteligência.
Vamos seguir o nosso trabalho com ânimo e fé, sempre mediante diálogo federativo como temos feito, e ouvindo os profissionais e especialistas da Segurança Pública. Finalmente, uma sugestão: lembremos que Themis tem nas mãos uma balança e uma espada.
“A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do Direito.” (Rudolf von Ihering).
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