A Petrobras está acompanhando o movimento no mercado de combustíveis e, por enquanto, não planeja alterar os preços. O presidente da petroleira, Jean Paul Prates, ressalta, porém, que se o barril de petróleo atingir a marca de US$ 100, prevista para outubro, será um importante marco psicológico.

Ainda de acordo com Prates, a estatal está atenta à rentabilidade e tomará medidas caso o patamar de preço do petróleo se consolide, como ocorreu no último reajuste em 16 de agosto. De lá pra cá, o preço do barril tipo Brent,  referência para a estatal, subiu mais de 14%. O deságio do combustível vendido pelas refinarias da  Petrobras na comparação com o PPI (Preço de Paridade de Importação), atualmente, está  em 18% para o diesel e 5% para a gasolina, de acordo com dados da Abicom (Associção Brasileira de Importadores de Combustíveis).

O presidente da estatal disse ainda que, por ora, os modelos indicam que é possível manter os preços dos combustíveis no mesmo nível, sem comprometer a rentabilidade da empresa. “Podemos aguentar desconforto por um tempo”, afirmou, se referindo a alta recente da commodity no mercado internacional.

Durante um evento com atletas olímpicos patrocinados pela Petrobras, ele reforçou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pediu em nenhum momento para segurar os preços e enfatizou que o objetivo continua sendo “abrasileirar” os preços.

Prates destacou que “abrasileirar” os preços não é uma estratégia de campanha eleitoral, mas sim uma mudança no modelo de precificação que será ajustado quando o novo patamar for consolidado. Ele também mencionou que as refinarias da empresa estão operando com um fator de utilização de 94%, um valor significativamente superior ao do ano passado.

Sobre as negociações da participação da Novonor na Braskem, o presidente da petroleira afirmou que as conversas estão progredindo, e lembrou que a Petrobras possui direito de preferência para adquirir o ativo, n entanto, nenhuma decisão foi tomada até o momento.