O Banco Central estima que a possibilidade de o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrar o ano de 2023 acima do teto da meta (4,75%) passou de 61% para 67%. Para 2024, a probabilidade de estouro do limite também aumentou, de 21% para 24%.

A autoridade monetária ressalta que a inflação acelerou nos últimos três meses, mas que o movimento era esperado. De acordo com o RTI (Relatório Trimestral de Inflação), isso ocorreu porque foram excluídos do cálculo anual os dados dos meses de 2022 impactados por desonerações tributárias.

No curto prazo, as projeções consideram variações de 0,38% em setembro, 0,41% em outubro, 0,39% em novembro e 0,53% em dezembro.

O BC destaca que as projeções até dezembro indicam variações mais altas em relação aos três meses até agosto, seguindo a sazonalidade característica desse período.

Quanto ao PIB (Produto Interno Bruto), a autarquia reviu a estimativa de crescimento para 2023, agora projetando uma alta de 2,9%. A autoridade também elevou o crescimento esperado para a economia brasileira em 2024, que passou para 1,8%.

O relatório destaca que a revisão da estimativa para este ano se deu em função do crescimento observado no segundo trimestre e das previsões mais favoráveis para os setores industrial, de serviços e de consumo.

Ainda segundo a autoridade monetária, o forte crescimento no primeiro semestre se deve, em parte, a fatores transitórios, e há a perspectiva de que a atividade econômica cresça em ritmo mais lento nos próximos trimestres e ao longo de 2024.