Família fica oito horas refém de criminosos em Salvador
Na noite deste domingo (24), em Salvador, capital da Bahia, uma família ficou refém de sete bandidos; uma mulher e três filhos foram resgatados após oito horas. Segundo a PM, seis homens e um adolescente invadiram o imóvel após perseguição e troca de tiros...
Na noite deste domingo (24), em Salvador, capital da Bahia, uma família ficou refém de sete bandidos; uma mulher e três filhos foram resgatados após oito horas. Segundo a Polícia Militar, seis homens e um adolescente invadiram o imóvel após perseguição e troca de tiros. A audácia dos criminosos foi tanta que eles chegaram a transmitir o sequestro nas redes sociais.
Segundo informações da PM, a ação de resgate ocorreu por volta das 6h30, desta segunda-feira (25), após intensas negociações.
Nenhum dos membros da família sofreu ferimentos. Os suspeitos foram detidos e levados para a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). Um dos envolvidos é menor de idade e será encaminhado posteriormente para a Central de Flagrantes.
Na madrugada de sábado para domingo (24), cinco indivíduos morreram em confronto com a polícia durante uma operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Crisópolis. Segundo a PM, os agentes receberam uma denúncia sobre a venda de entorpecentes por homens armados na Rua Maria Eunice, área central do município.
Os policiais se dirigiram ao local indicado e, ao se aproximarem, foram recebidos com disparos de arma de fogo. Durante o tiroteio, um dos suspeitos ficou ferido e foi encaminhado ao hospital, mas acabou não resistindo aos ferimentos.
Em seguida, os agentes continuaram as buscas na região e ocorreu um novo confronto, resultando em quatro pessoas mortas.
A operação realizada pela Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste também resultou na apreensão de uma submetralhadora, uma espingarda, três revólveres, munições, balanças de precisão, cocaína e maconha.
Ontem, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deu uma coletiva. Para ele, a política de armas do ex-presidente Jair Bolsonaro é a grande culpada pela violência na Bahia.
“Infelizmente as organizações criminosas se fortaleceram muito nos últimos anos, aumentaram o acesso às armas em todo o Brasil, por conta de uma política errada que havia no nosso país”, afirmou, em referência ao governo Jair Bolsonaro.
Dino também descartou a possibilidade de uma intervenção federal na Bahia. Apenas em setembro, o estado registrou 46 mortes em confrontos policiais.
“Não se cogita por uma razão: o governo do estado está agindo. A intervenção federal só é possível quando de modo claro, inequívoco, o aparato estadual não está fazendo nada”, disse.
Na manhã de hoje, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que disse “fui” para a violência na Bahia na semana passada, revelou ao G1 que o governo tem planos de implementar uma política conjunta entre as Forças Armadas e a Polícia Federal com o objetivo de combater a presença de fuzis e outras armas pesadas em território nacional.
A declaração surge em meio a uma onda de violência que assola o estado da Bahia, governado por Costa no período de 2015 a 2022.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) questionou o silêncio do governo sobre a violência na Bahia. “35 pessoas foram assassinadas em ‘supostos confrontos’ só em setembro com a polícia da Bahia, governada pelo PT. Lula 3 condenou o ‘genocídio’? O ministro da Justiça escrachou? A polícia do PT pode exterminar, Lula? 2 pesos, 2 medidas”, escreveu.
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