Crusoé: “O passo do poodle ou a dura saga do liberalismo no Brasil”
O brasileiro tem uma propensão a latir e não morder quando aparecem iniciativas que claramente passam do ponto, como o aumento de arrecadação de 10% pedido pelo governo, diz Leonardo Barreto na Crusoé...
O brasileiro tem uma propensão a latir e não morder quando aparecem iniciativas que claramente passam do ponto, como o aumento de arrecadação de 10% pedido pelo governo, diz Leonardo Barreto na Crusoé.
“Nesta semana, um empresário chileno que gerencia um resort bastante frequentado por turistas do Brasil no exterior deu uma definição provocante sobre seus principais clientes: ‘o brasileiro parece um poodle, é muito bravo, mas nem tanto. (…) Ficam bravos, falam, mas, se falamos que vamos chamar a polícia, aí param, acaba a valentia. São bravos com o garçom, com a recepcionista. Mas quando chega alguma autoridade param’. Pedindo licença para fazer um exercício de sociologia de botequim, é tentador associar essa percepção subalterna trazida pelo observador externo com a reação (ou a falta dela) da sociedade em relação ao aumento de arrecadação que está sendo sugerido pelo governo e o que isso sugere sobre nossa raça política.”
“Contextualizando objetivamente com números. Segundo dados do economista Samuel Pessôa, o ministério da Fazenda definiu que as despesas do governo em 2024 serão o equivalente a 19,2% do PIB (um crescimento real de 1,3 pontos percentuais em um ano, considerando que Paulo Guedes entregou essa relação em 17,9%). Isso significa que, para gerar o zero a zero fiscal, ainda segundo Pessôa, é necessário um aumento de receita de R$ 282 bilhões, equivalente a 15% de crescimento nominal ou 10% de crescimento real, descontada uma inflação hipotética de 5% em 2023.”
Leia mais aqui; assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)