Jerônimo Teixeira na Crusoé: “O Toddynho e o disco voador”
Em sua coluna semanal para a Crusoé, Jerônimo Teixeira comenta sobre a imagem do advogado de Jair Bolsonaro tomando Toddynho e a fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tentando explicar o porque não entregou as imagens internas do ministério, comparando à aparição de um disco voador, viram miséria material e espiritual do Brasil...
Em sua coluna semanal para a Crusoé, Jerônimo Teixeira comenta sobre a imagem do advogado de Jair Bolsonaro tomando Toddynho e a fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tentando explicar o porque não entregou as imagens internas do ministério, comparando à aparição de um disco voador, viram miséria material e espiritual do Brasil.
Dois objetos, um real e outro imaginário, comportam o Brasil inteiro: o Toddynho de Wassef e o disco voador de Dino. Os inquéritos inesgotáveis do STF e as CPIs circenses do Congresso; o silêncio de Bolsonaro sobre as jóias e o falatório de Lula sobre o STF; as enchentes no Sul e os ianomâmis famélicos do Norte; os cavalos de Juscelino Filho e a capivara Filó; a farofa de GKay e os pais de Larissa Manoela; a Horda Canarinha e o MST; Michelle e Janja – tudo está contido na prosaica caixinha de achocolatado e na fantasiosa nave alienígena.
Disco voador e Toddynho ganharam noticiário e redes no final do mês passado. Só hoje, porém, me deu o estalo da relação íntima entre os dois itens (foi uma daquelas epifanias que só surgem quando se aproxima o prazo final para a entrega de um texto). Esse conjunto díspar forma o tropo definitivo da vida pública nacional, ao mesmo tempo metáfora de nossa miséria e metonímia de nossa mendacidade. E ainda traz a vantagem de ser uma dupla ecumênica: um quitute bolsonarista e uma evasiva petista.
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