Aras diz que a Operação Lava Jato deixou “legado maldito”
O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, publicou uma nota em seu perfil do X, antigo Twitter, para dizer que hoje a sociedade pode enfim ver o legado da Lava Jato. Para ele, o legado foi...
O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, publicou uma nota em seu perfil do X, antigo Twitter, para dizer que hoje a sociedade pode enfim ver o legado da Lava Jato. Para ele, o legado foi “maldito”, com “seu ‘modus operandi’ que ceifa vidas, a política, a economia e afronta a soberania nacional”.
Aras diz que foi acusado de ter destruído a operação e se defende. Na verdade, ele teria institucionalizado e despersonalizado o Ministério Público. “Nós temos o dever de cumprir a Constituição, rasgada por poucos e ruidosos membros de Justiça”, escreveu o procurador-geral, que passou os últimos meses em intensa campanha para ser reconduzido ao cargo por Lula.
Para encerrar, o PGR diz que “só com equilíbrio institucional, respeito ao limite de cada Poder e a nossa Lei Maior, teremos um Brasil fraterno”.
— Augusto Aras (@AugustoAras) September 7, 2023
Nesta quarta-feira (6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou todas as provas da Lava Jato obtidas no acordo de leniência firmado pela Odebrecht. Hoje, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) anunciou que irá recorrer da decisão do STF.
Ontem, a ANPR divulgou uma nota para defender a “necessidade de que a discussão sobre os fatos envolvendo a Operação Lava Jato seja pautada por uma análise técnica, objetiva, que preserve as instituições e não se renda ao ambiente de polarização e de retórica que impede a compreensão da realidade”. “Não é razoável, a partir de afirmação de vícios processuais decorrentes da suspeição do juízo ou da sua incompetência, pretender-se imputar a agentes públicos, sem qualquer elemento mínimo, a prática do crime de tortura ou mesmo a intenção deliberada de causar prejuízo ao Estado brasileiro”, disse a associação.
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