As constantes viagens de Lula ao exterior têm estressado as relações entre os membros do governo Lula e a diplomacia brasileira, destaca reportagem de O Globo. Uma figura central nos desentendimentos é Celso Amorim, outrora chanceler e hoje assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República.

A relação entre Amorim e o chanceler Mauro Vieira seria boa, o problema é o bate-cabeça gerado na atividade dos diplomatas, submetidos por vezes a ordens de assessores com pouca experiência nas questões diplomáticas. Os desentendimentos pode explicar o incômodo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em viagens internacionais.

Segundo O Globo, Lula foi informado do desconforto de Haddad durante o voo entre Johannesburgo, na África do Sul, e Luanda, em Angola, no mês passado, quando seu ministro reclamou que aquele tipo de viagem não tinha relevância para ele. Haddad teria ido à Áfica apenas fazer figuração, e teria mais serventia para o governo se tivesse ficado em Brasília.

Segundo o comando do Ministério das Relações Exteriores, quem bate o martelo sobre todas as viagens internacionais é a presidência da República. O Itamaraty disse a O Globo que não existe qualquer problema de articulação e garantiu que o ministro trabalha em sintonia com o Planalto, sem qualquer dificuldade.

Os diplomatas brasileiros que se virem.