O presidente Lula (foto) comparou a reforma ministerial a uma partida de futebol nesta terça-feira (05). Para ele, no decorrer de um jogo, o técnico precisa mudar o time para obter o resultado que pretende.

“Veja, você, o técnico entra com um time em campo, no decorrer do jogo, dependente da tática do adversário, ele vai mudando“, disse Lula em live.

Ele disse que é muito difícil chegar a um ministro e dizer que precisa trocá-lo. “É sempre muito difícil você chamar alguém para dizer ‘olha, eu vou precisar do ministério, porque fiz um acordo com um partido político e preciso atender’. Mas essa é a política, ou seja, o governo tem propostas importantes para passarem no congresso nacional, os deputados não são obrigados a votar no governo porque o governo mandou”, comentou.

Na noite de ontem, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, postou uma música para demonstrar seu incômodo com a possibilidade de dar lugar a um deputado do Republicanos para Lula acomodar parte do Centrão no governo.

“Nós precisamos construir a maioria, uma maioria para dar tranquilidade ao governo nas mudanças que nós precisamos fazer. Para aprovar determinadas coisas e para não permitir que coisas sejam indigestas não sejam aprovadas“, justificou hoje o presidente.

Lula vem adiando a reforma ministerial semana após semana, tentando agradar aquele que seria seu assistente técnico, para seguir nas metáforas futebolísticas: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O petista estuda turbinar o Ministério dos Esportes e entregá-lo ao PP. A mudança estava para ser confirmada na semana passada, mas ficou par depois de novo. 

A reforma ministerial se dará por meio de Medida Provisória, que precisará ser aprovada pelo Congresso posteriormente. Até o momento, só houve uma única mudança na composição da Esplanada de Lula: a troca de Daniela Carneiro (sem partido) por Celso Sabino (União Brasil), no comando do Ministério do Turismo.