Homenagem a Olavo de Carvalho na Câmara ‘flopa’
A sessão em homenagem ao escritor Olavo de Carvalho realizada hoje na Câmara ficou totalmente esvaziada. Poucos parlamentares participaram do evento, idealizado pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF)...
A sessão em homenagem ao escritor Olavo de Carvalho realizada hoje na Câmara dos Deputados ficou totalmente esvaziada. Poucos parlamentares participaram do evento, idealizado pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e requerido em parceira com Carla Zambelli (PL-SP).
Na abertura da solenidade, Kicis leu um discurso em que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), classifica Olavo como uma “figura controversa”, acrescentando que “é razoável supor até que é exatamente assim que ele gostaria de ser lembrado, pois era afeito a debates”.
“O mesmo homem que, no final da vida, via-se como um parteiro da nova direita brasileira, também reconhecia ter sido, quando jovem, adepto do comunismo. O senhor de convicções católicas também também havia sido o rapaz que, nos anos 1980, integrava comunidades esotéricas de práticas inspiradas no sofismo muçulmano”, diz o texto assinado por Lira, que classifica Olavo como “o escritor brasileiro mais politicamente influente nos últimos 20 ou 30 anos”.
Durante o ato, os “alunos” do professor Olavo falaram sobre a vida e obra do maior ideólogo do bolsonarismo. “Olavo de Carvalho vive”, disse o deputado Marco Feliciano (PL-SP) em seu discurso de homenagem. Kicis introduziu seu próprio discurso com um trecho de Pasárgada, de Manuel Bandeira, e embargou a voz ao começar a falar.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que seu primeiro contato com Olavo foi online, quando ele tinha 12 ou 13 anos, e ocorreu quando um tio lhe mostrou um vídeo do filósofo. “Eu falei, ‘puxa, ele fala muito palavrão, mas tem razão, né?'”, lembrou o deputado mineiro. Ao discursar, o deputado Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF) destacou que o lado ocupado pela esquerda no plenário da Câmara estava vazio. “Eles nunca leram um livro de Olavo de Carvalho”, comentou.
O escritor morreu em 24 de janeiro do ano passado. Na ocasião, o então presidente Jair Bolsonaro disse que “Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros. Seu exemplo e seus ensinamentos nos marcarão para sempre”.
Assista à sessão de homenagem:
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