Conselho de Ética abre processo contra 7 deputados federais
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu ações para apurar condutas de sete deputados federais nesta quarta-feira (30). Os parlamentares são...
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu ações para apurar condutas de sete deputados federais nesta quarta-feira (30). Os parlamentares são: Ricardo Salles (PL-SP), Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Dionilso Marcon (PT-RS), Abilio Brunini (PL-MT), Glauber Braga (PSOL-RJ), André Fernandes (PL-CE) e Coronel Zucco (Republicanos-RS).
O Psol acusa Ricardo Salles de atacar a deputada Sâmia Bomfim, que também vai responder a uma ação. O PL apresentou uma representação contra a deputada do Psol alegando que ela atacou o colega General Girão (PL-RN), ao dizer que ele é “bandido”, “terrorista”, “fascista” e “golpista”.
O deputado Abilio Brunini é acusado de ter sido transfóbico ao se referir à deputada Erika Hilton (PSOL-SP) durante a sessão da CPMI do 8 de janeiro do dia 11 de julho. O partido de Bolsonaro abriu também uma representação contra Dionilso Marcon, alegando que ele atacou a honra do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) em 19 de abril, durante a reunião da Comissão de Trabalho.
O hatch trick do PL em representações se consumou com o processo contra o deputado Glauber Braga, que foi implicado por fazer uma referência ao caso das joias recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma discussão com Eduardo Bolsonaro, em 31 de maio, em uma reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
O presidente da CPI do MST também não escapou. O Psol emplacou um processo contra o deputado Coronel Zucco, alegando que ele cometeu violência política de gênero contra Sâmia em seções da comissão.
E para encerrar a lista, o deputado André Fernandes é acusado pelo PT de quebrar o decoro parlamentar ao dirigir “falas de teor discriminatório” contra as deputadas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Jack Rocha (PT-ES), durante a votação da reforma tributária.
Zambelli e Nikolas
Quem escapou de ações foram os deputados Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), cujos processos foram arquivados pela Câmara. No caso da deputada, a representação foi apresentada pelo PSB por suposta ofensa dela contra o deputado Duarte Jr (PSB-MA). Ela teria mandado o deputado “tomar no c…” durante audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino, no dia 11 de abril.
Já no caso de Nikolas, o PDT entrou com uma representação alegando que o deputado, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, subiu a tribuna do plenário usando uma peruca e se auto-intitulando “deputada Nikole”. Segundo o PDT, o gesto foi preconceituoso contra mulheres transgênero e travestis.
Para justificar o arquivamento dos processos de Zambelli e Nikolas Ferreira, alguns parlamentares argumentaram que há um excesso de representações no Conselho, o que alimentaria o clima de guerra “do nós contra eles”, como definiu o deputado Mário Heringer (PDT-MG).
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