O senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu nesta quarta-feira (30) que o fato de o Ministério da Justiça ter deletado as imagens referentes ao 8 de janeiro é uma tentativa de “obstrução do conhecimento da verdade”. As gravações foram solicitadas por membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No entanto, as imagens das laterais, da parte de trás e do lado de dentro do prédio do ministério comandado por Flávio Dino teriam sido apagadas, informou a CNN Brasil. A justificativa da pasta é de que as gravações ficam armazenadas por apenas 15 dias.

“Eu acho que certamente elas [imagens] foram preservadas e eu gostaria que o condutor deste processo, o ministro Alexandre Morais, se dedicasse atrás desse assunto. Isso é uma obstrução do conhecimento da verdade“, argumentou Esperidião Amin.

A CPMI chegou a solicitar as imagens diretamente para o governo federal. Contudo, o ministro Flávio Dino disse que só poderia fornecer o material com a autorização do STF. O argumento foi que o compartilhamento, ainda que sigiloso, poderia comprometer o andamento das investigações em curso.

Após determinação de Moraes, o ministro da Justiça encaminhou à CPMI o conteúdo de apenas duas câmeras, com foco mais voltado para o exterior do prédio. Estima-se que existam ao menos 30 câmeras no prédio da pasta.