Walter Delgatti negocia a primeira delação da CPMI
Walter Delgatti Neto (foto) pode ser o primeiro investigado a fechar acordo de delação premiada com a CPMI do 8 de janeiro. Membros da Comissão afirmaram que a defesa do hacker da Vaza Jato procurou...
Walter Delgatti Neto (foto) pode ser o primeiro investigado a fechar acordo de delação premiada com a CPMI do 8 de janeiro. Membros da comissão afirmaram que a defesa do hacker da Vaza Jato procurou informalmente a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão, para propor uma colaboração com as investigações.
“Todo aquele investigado que queira colaborar será bem-vindo. A defesa do Walter Delgatti inclusive já manifestou interesse“, disse à reportagem um membro da CPMI.
Conforme apurado por O Antagonista, a conversa entre o advogado Ariovaldo Moreira e a senadora aconteceu quando o hacker prestou depoimento à Comissão no dia 17 de agosto. Delgatti está preso desde o dia 2 de agosto por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Na tarde desta terça-feira (29), a Advocacia do Senado divulgou um parecer no qual atestava a legitimidade da CPMI de fechar acordo de delação premiada, de não persecução cível e de leniência com investigados pelo colegiado. Com o sim da advocacia, a CPMI aguarda a manifestação dos advogados interessados em colaborar.
“A senadora Eliziane consultou a Advocacia [do Senado] depois que ouviu informalmente da defesa do Delgatti que teria interesse em colaborar“, relatou um membro da comissão à reportagem.
Após o parecer, a Comissão aposta as fichas num acordo de delação com Walter Delgatti Neto e do tenente-coronel Mauro Cid, já que a defesa de Anderson Torres sempre afirmou ser contra a colaboração premiada.
O Antagonista procurou o advogado Ariovaldo Moreira para falar sobre a oferta informal de uma delação de Delgatti, mas ele não quis responder.
Na véspera do depoimento de Delgatti à Polícia Federal, que aconteceu no dia 18, a defesa do hacker afirmou que não descartava um acordo de delação premiada, e que iria aguardar a condução da oitiva para definir.
“A possibilidade sempre existe. Vamos ver qual vai ser o escopo do delegado, se é sobre o depoimento que ele deu [à CPMI], ou o que ele deu em junho. Eu não sei do que se trata.”
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